O presidente Lula (PT) está certo em insistir na negociação com o iFood sobre o direito dos entregadores. A fala foi dada pelo diretor de políticas públicas da empresa à rádio CBN nesta terça-feira (5).
O diretor citou "diferenças significativas" entre a contribuição de entregadores e motoristas de aplicativo. "[O entregador de aplicativo] não é um trabalhador para qual existe demanda de comida durante todo o dia, de madrugada, até porque os restaurantes estão fechados", afirmou.
"O presidente está defendendo prioritariamente os trabalhadores e é assim que tem que ser. Tem que cobrar mesmo e a gente vai continuar negociando. Estamos sempre à disposição", disse João Sabino, diretor de políticas públicas do iFood, à rádio CBN.
Leia mais:
Norma que restringe aborto legal volta a valer após liminar ser derrubada
Militar é condenado por assédio sexual dentro de navio da Marinha
Lewandowski suspende agente da PRF que ensinou método de tortura em curso
Mudanças climáticas do passado impactaram na genética de ave na Amazônia
LULA FEZ 'COBRANÇA' AO IFOOD
O presidente mandou o recado ao assinar o projeto de lei que regulamenta o trabalho de motoristas de aplicativo no Brasil. As negociações com empresas que tratam de transporte de alimento e encomenda não avançaram, segundo o governo.
"O iFood não quer negociar. Mas nós vamos encher tanto o saco, que vão ter que negociar", brincou o presidente.
Em nota enviada ao UOL, a empresa afirmou que participou do grupo de trabalho e que havia chegado a um consenso com o governo, mas que houve outras prioridades.
"A empresa reforça que apoia desde 2021 a regulação do trabalho intermediado por plataformas e busca uma regulamentação para delivery que atenda as particularidades e necessidades diferentes dos motoristas", declarou.