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Corrupção na Olimpíada

Ministério Público da Suíça aceita cooperação e bloqueia bens de Nuzman

Agência Estado
09 out 2017 às 09:11
- Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O Ministério Público da Suíça aceitou o pedido de cooperação para investigar e bloquear as contas e barras de ouro de Carlos Arthur Nuzman, em Lausanne e Genebra. Na Suíça, o brasileiro mantém 16 quilos de ouro em um cofre e o Departamento de Justiça do país já havia dado um sinal positivo sobre a cooperação.

Em um breve comunicado, Berna indicou nesta segunda-feira que "pode confirmar que o pedido de cooperação do Brasil está sendo atualmente executado". O MP não deu detalhes sobre as ações ou operações realizadas.

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De acordo com pessoas envolvidas no caso, no Brasil, a ação envolveria o congelamento de todos os ativos do dirigente e um mapeamento de todas suas transações nos bancos locais. Os dados serão repassados ao Brasil. Mas o dinheiro apenas seria devolvido quando Nuzman for condenado em última instância no País.

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Procuradores brasileiros querem saber os detalhes das movimentações bancárias do dirigente e a ajuda de Berna para estabelecer a "rota do dinheiro". Pela cooperação com a Suíça, os bancos são obrigados a repassar todos os extratos bancários que, então, poderão alimentar a investigação no Brasil e na França. A ação também exige o bloqueio dos bens do dirigente.

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De acordo com Berna, esse pedido foi atendido. No dia 28 de setembro, os procuradores brasileiros encaminharam um pedido aos suíços para que as contas fossem bloqueadas, assim como o ouro mantido por Nuzman em Genebra. No dia 5 de outubro, dia da prisão do dirigente, o Departamento de Justiça deu o primeiro sinal verde para a cooperação e encaminhou a documentação para a "execução" por parte do Ministério Público de Berna. Dentro do sistema de cooperação, a aprovação inicial é considerada como um passo decisivo.


Agora, os procuradores suíços dão prosseguimento ao caso.

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Rota


O trabalho dos investigadores agora é o de traçar a "rota" da fortuna do brasileiro. Documentos e envelopes encontrados durante a operação policial na casa de Nuzman, em setembro, revelaram que o brasileiro não apenas mantinha dinheiro vivo em sua residência em diversas moedas, mas também guardava informação sobre contas na Suíça.

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No dia 27 de junho de 2014, Nuzman escreveria para Laetitia Theophage, funcionária da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), um e-mail no qual colocava seus dados de uma conta na Suíça. Tratava-se de um depósito que deveria ser realizado no banco Societe General Private Banking, instituição financeira dedicava a administrar grandes fortunas.


Laetitia era a assistente pessoal do então presidente da IAAF, o próprio Lamine Diack, investigado por corrupção e hoje detido. Com a conta bancária número 1720399, ele indicava para onde a IAAF deveria fazer um depósito. O local do banco também é revelador: Lausanne, cidade sede do COI e para onde Nuzman viajou com grande frequência entre 2009 e 2016, durante a preparação do Rio de Janeiro.


Em seu pedido de Habeas Corpus, Nuzman indicou que a conta servia para receber pagamentos de trabalhos realizados para a IAAF e suas despesas. O brasileiro chegou a ser membro do Conselho de Ética da entidade.

Agora, um dos trabalhos dos investigadores será o de apurar se a conta em nome de Nuzman serviu para algum outro objetivo. Para isso, o Ministério Público Federal espera a cooperação da Suíça. O Estado apurou que um fluxo ainda importante de dinheiro passou pelos EUA e pelo Caribe, o que exigiu a cooperação da Justiça americana e da Grã-Bretanha.


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