Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Na Praça da Espanha

MP aciona prefeitura de Curitiba por problemas de violência, tráfico e poluição sonora

Redação Bonde com assessoria de imprensa
15 mai 2017 às 10:06
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba, ajuizou ação civil pública ambiental contra o Município de Curitiba para que sejam adotadas diversas medidas para coibir atos de violência, tráfico e consumo de drogas, depredações, roubos, furtos e perturbação do sossego nos arredores da Praça da Espanha, localizada no bairro Bigorrilho.

Na ação, a promotoria destaca que, em setembro de 2015, proprietários de lojas, bares e restaurantes, moradores e funcionários de hospital da região apresentaram um abaixo-assinado com mais de mil assinaturas relatando uma série de problemas ocorridos na praça e solicitando providências dos órgãos públicos. A partir disso, foi aberto procedimento pelo MP para tentar buscar uma solução para os fatos descritos. Destaca-se, na inicial, diversas matérias jornalísticas relatando apreensão de drogas, brigas, tiroteios e até casos de morte ocorridos na praça.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Problemas

Leia mais:

Imagem de destaque
Alerta de golpes

Fazenda e Receita alertam para envio de guias falsas de IPVA por e-mails e SMS

Imagem de destaque
Luta pela preservação

Paraná reconhece dívida histórica com os povos indígenas

Imagem de destaque
Mudanças no cardápio

Lei que estimula peixe na merenda do Paraná deve beneficiar produtores independentes

Imagem de destaque
História de uma vida

Em 'Aquarius' paranaense, aposentada de Curitiba se nega a vender apartamento a incorporadora de Londrina


Os moradores e trabalhadores da região contam que durante as noites e madrugadas, principalmente entre quarta-feira e domingo, a Praça da Espanha se transforma em ponto de encontro de "meliantes e vândalos", que se juntam para o uso excessivo de bebidas alcoólicas, depredação e pichação dos bens públicos, roubos, furtos, perturbação de sossego, uso de som automotivo em alto volume e prática de "rachas", além de tráfico e consumo de drogas.

Publicidade


O MP solicitou relatórios de fiscalização e operações realizadas na região por diversos órgãos públicos como a Guarda Municipal, a Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu), o Grupamento de Proteção Ambiental, e as secretarias municipais de Trânsito, Urbanismo e Meio Ambiente. De acordo com a Promotoria, "é possível notar a baixa frequência de fiscalizações na Praça e, mais baixa ainda, a fiscalização no período da noite e madrugada, quando há a formação de grande concentração de pessoas e momento em que o número de reclamações a respeito de poluição sonora e perturbação se sossego alheio aumentam".


Como exemplo, cita na ação civil relatórios do período entre 1º de junho e 21 de julho de 2016, em que foram realizadas 42 operações no local. O número seria razoável, segundo o MP, não fosse "o curto período de tempo de cada operação e o horário em que foram realizadas": das 42 operações, somente três ocorreram até a 1 hora e apenas uma foi realizada até as 3 horas, período com o maior número de reclamações. Outro dado apresentado na ação mostra que entre os dias 24 de julho e 31 de outubro de 2016 foram realizadas apenas 10 operações no local, sendo apenas uma durante a madrugada.

Publicidade


Liminar


Em caráter liminar, o Ministério Público pediu, na ação, que o Município não conceda Alvará de Localização e Funcionamento para novos estabelecimentos que possam vir a causar perturbação do sossego alheio ou qualquer outro dano material ou moral aos moradores da região, e que casse os alvarás ou embargue os estabelecimentos que não estiverem dentro do que prevê a legislação municipal. Pede, ainda, que o Município não autorize eventos que venham a prejudicar a integridade física da Praça da Espanha, tais como "Réveillon fora de época" e "Carnaval fora de época". A liminar foi indeferida pela Justiça, mas o MP recorrerá da decisão.

Publicidade


Na ação civil, a Promotoria pede, ainda, que o Município de Curitiba promova a implantação de um Módulo Policial com funcionamento 24 horas na Praça, com efetivo compatível ao número de frequentadores da região (incluindo entorno) e que aumente a frequência do policiamento na Praça e arredores, inclusive com operações frequentes nos períodos da noite e madrugada, principalmente nos finais de semana.


A partir de demanda dos moradores, requer que a Praça da Espanha seja cercada com portões de acesso voltados para as ruas Carlos de Carvalho, Fernando Simas, Saldanha Marinho e Coronel Dulcídio, e que esses portões sejam fechados durante o período das 23 às 7 horas, ou implante outros meios alternativos de proteção. Também pede que o Município providencie a instalação de um redutor de velocidade na Rua Carlos de Carvalho, em frente à praça, visando coibir os "rachas" e o excesso de velocidade frequentes.

Requer, ainda, que haja revisão dos alvarás de localização e funcionamento e das licenças ambientais já concedidas a todos os estabelecimentos da região; que seja realizada a reestruturação da praça, abrangendo itens como pintura, instalações elétricas, iluminação e mobiliários; que seja providenciada a instalação de mais câmeras de segurança; e que sejam implantadas medidas de combate ao tráfico e ao uso de drogas na região. Por fim, o MP pede a condenação do Município por danos morais ambientais, cujo valor deve ser definido pela Justiça na sentença.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade