Os vereadores de Curitiba aprovaram nesta terça-feira (27), já em segundo turno, quatro projetos de lei do ajuste fiscal do prefeito Rafael Greca (PMN). A sessão novamente aconteceu na Ópera de Arame, mas desta vez sem a presença dos servidores públicos municipais no entorno. Os sindicatos mudaram de estratégia e preferiram realizar atos na região do Centro Cívico, onde ficam as sedes da prefeitura e do governo do Estado.
A concentração começou por volta das 8h, na Praça 19 de Dezembro, conhecida como Praça da Mulher e do Homem Nus. Perto das 11h, aos gritos de "Greca mentiroso" e "servidor na rua, prefeito a culpa é sua", os manifestantes saíram em caminhada, acompanhados por um caminhão de som, em direção à sede da prefeitura e à Praça Nossa Senhora de Salete. A Avenida Cândido de Abreu chegou a ficar bloqueada em um dos sentidos. Alguns motoristas que passavam buzinavam, em sinal de apoio.
Ao contrário de ontem, não houve registro de tumulto. A greve, deflagrada em 12 de junho, foi encerrada nesta terça-feira pelos servidores.
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Votação
O "pacotaço", que agora segue para sanção do prefeito, abrange: a reforma na previdência, com aumento da contribuição pelos servidores; a suspensão da data-base e dos planos de carreira; o leilão de dívidas da prefeitura e a criação de uma lei de responsabilidade fiscal do município. As medidas tramitavam em regime de urgência e, por essa razão, trancavam a pauta. O Executivo justifica que o ajuste é necessário para colocar as finanças da administração em dia.
Os vereadores ainda aprovaram, mas em primeiro turno, um quinto projeto do plano: o que revisa a meta fiscal, atualizando a dívida do município para R$ 2,1 bilhões. A matéria altera o valor estimado pela gestão anterior da Prefeitura de Curitiba, que era de menos R$ 303,2 milhões, para R$ 2,194 bilhões negativos. A assessoria da Câmara informou que o debate foi acompanhado por somente duas servidoras municipais, dos camarotes do espaço.