As constantes interdições na BR-277, a principal via de acesso ao Porto de Paranaguá, poderão acarretar um prejuízo de mais de R$ 600 milhões na cadeia produtiva da soja, segundo estimativa feita pelo DTE (Departamento Técnico e Econômico) do Sistema Faep/Senar-PR.
Se consideradas as outras cadeias produtivas, as perdas do agronegócio paranaense podem atingir a cifra dos bilhões.
Nos últimos meses, quedas de barreiras, riscos de desmoronamentos e rachaduras na pista, ocasionados pelo excesso de chuvas, levaram à interdição total ou parcial da BR-277, a única rodovia que comporta o tráfego de cargas pesadas até o Porto de Paranaguá.
Leia mais:
Sorteio da Mega-Sena não tem ganhador, prêmio acumula e vai a R$ 25 milhões
Prefeitura lança o Profis 2024 para negociação de dívidas nesta quarta
Banco do Brics vai destinar R$ 5,7 bilhões para reconstrução do Rio Grande do Sul
Perdas na safra de grãos do Rio Grande do Sul somam 851 mil toneladas, diz Conab
Sem condições de rodagem, os exportadores são obrigados a optar por outras vias de escoamento da produção.
O cálculo da Faep foi feito considerando-se um cenário de interrupção total da rodovia e com base no frete de um caminhão de sete eixos. Com capacidade para 57 toneladas, o transporte em um veículo desse porte custa R$ 4,86 por saca no trajeto entre Cascavel e Paranaguá, um percurso de 600 quilômetros.
Para transportar o mesmo volume do grão de Cascavel a Santos, uma distância de mil quilômetros, o frete sobe para R$ 7,73 por saca, quase 60% mais caro.
O problema na rodovia, que afeta fortemente a logística de transporte, acontece justo quando há estimativa de recordes na produção da soja na safra 2022/2023.
Sem o impacto das adversidades climáticas e com o aumento de 1% na área de plantio no Estado, a projeção do Deral (Departamento de Economia Rural) é de que o volume colhido nas lavouras paranaenses seja 74% maior do que ano passado, chegando a 21 milhões de toneladas do grão.
A soja é uma cultura de grande relevância econômica para o Paraná e muito visada no campo internacional, sendo um dos principais produtos no ranking das exportações.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: