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Ataque de Manchester

Polícia britânica publica foto de homem-bomba e chama testemunhas

France Presse
28 mai 2017 às 10:14
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Os investigadores britânicos continuavam neste domingo a sua investigação sobre o ataque de Manchester, com um apelo a possíveis testemunhas e a publicação de fotos do autor do atentado, enquanto a cidade organizava a sua tradicional meia maratona sob forte esquema de vigilância.
A polícia publicou no sábado à noite fotos do homem-bomba, Salman Abedi, lançando um apelo a testemunhas para tentar estabelecer seus últimos passos.
As duas fotos, retiradas de imagens de câmeras de vigilância, mostram Abedi, de 22 anos, na noite do ataque. O britânico de origem líbia usa boné e carrega uma mochila. De óculos, veste uma jaqueta preta, calça jeans e tênis.
Abedi se explodiu na segunda-feira à noite depois de um show da cantora pop americana Ariana Grande no Manchester Arena. O ataque fez 22 mortos e 116 feridos, incluindo muitas crianças e adolescentes.
Foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), que tem multiplicado os ataques na Europa, enquanto sofre importantes derrotas em seus territórios na Síria e no Iraque.
Os investigadores querem coletar toda informação sobre as ações do homem-bomba desde 18 de maio, quando "regressou ao Reino Unido". De acordo com uma fonte próxima à família, Abedi se encontrava na Líbia alguns dias antes do ataque. A polícia alemã indicou, por sua vez, que ele fez escala no aeroporto de Dusseldorf.
Abedi alugou um apartamento no centro da cidade, de onde saiu para o local do show. Este imóvel interessa os investigadores, que acreditam que "poderia ser o local onde montou o dispositivo" explosivo utilizado no atentado, segundo o comissário Ian Hopkins e o responsável pela agência antiterrorista Neil Basu.
- Identificado em duas horas -A polícia também forneceu detalhes sobre a maneira como a investigação avançou desde segunda-feira. O homem-bomba foi identificado em "duas horas" e "informações interessantes sobre Abedi, sua família, suas finanças, locais onde esteve, o modo como o dispositivo explosivo foi fabricado e a conspiração mais ampla" foram estabelecidas.
Um total de 1.000 agentes foram mobilizados para analisar mais de 800 peças de evidência (incluindo 205 documentos digitais) e realizar as operações de busca em 18 lugares diferentes, enquanto cerca de 13.000 horas de imagens de câmeras de segurança foram analisadas.
Onze pessoas estão atualmente em prisão preventiva no Reino Unido como parte desta investigação.
O pai e um dos irmãos do homem-bomba foram presos na Líbia. O pai era membro do Grupo Islâmico de Combate Líbio (Gicl), ativo na década de 1990, e que se opunha ao regime do ditador Muammar Kadhafi, derrubado em 2011, segundo indicou na quinta-feira à AFP um oficial da segurança em Trípoli.
Dado os avanços da investigação, o nível de alerta terrorista no Reino Unido foi rebaixado no sábado de "crítico" para "grave", segundo a primeira-ministra Theresa May. Isto significa que um ataque é "altamente provável", mas não "iminente".
Theresa May, no entanto, chamou os britânicos a "permanecer vigilantes". Ela disse que o Exército permaneceria implantado até o final deste final de semana prolongado.
Paralelamente, os moradores de Manchester retomavam a vida normal, afastando a tensão e o medo do terrorismo.
- Super-heróis -Neste domingo, uma popular corrida de rua, o Great Manchester Run, acontecia pela cidade.
O prefeito trabalhista Andy Burnham confirmou sua participação, instando os habitantes locais a recuperar seus hábitos. Ao longo do trajeto, muitos moradores ocuparam um lugar para incentivar em voz alta os corredores e mostrar o seu compromisso com a sua cidade, constatou um jornalista da AFP.
A força policial, muito visível, foi reforçada.
Um minuto de silêncio foi observado às 9h (05h00 de Brasília), pouco antes do início da meia maratona, na qual participam milhares de atletas.
Alguns estavam vestidos de super-heróis ou bombeiros, uma expressão de gratidão para com os agentes socorristas.
Um fundo de emergência criado pelo cidade, com a ajuda da Cruz Vermelha, levantou mais de 4 milhões de libras para ajudar as vítimas.
O atentado colocou a segurança no centro da campanha eleitoral das legislativas de 8 de junho, retomada na sexta-feira depois de ser suspensa em razão do ataque. A luta contra o terrorismo deve ocupar grande parte do debate televisionado na próxima semana.
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