Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Ameaça a comunidades

Justiça Federal suspende leilão do lote 1 do pedágio do Paraná a pedido da DPU

Redação Bonde com assessoria de imprensa da DPU
08 set 2023 às 17:31
- Geraldo Bubiak/AEN
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Atendendo ao pedido da DPU (Defensoria Pública da União), a 11ª Vara Federal de Curitiba suspendeu, liminarmente, o leilão do lote 1 da Rodovia BR-476, no Paraná. A DPU entende que as comunidades quilombolas que vivem às margens dessa estrada não foram ouvidas antes do início do processo licitatório.


O leilão foi realizado no dia 25 de agosto e estava em fase de recursos, com previsão de homologação do resultado pela ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestres no dia 27 de outubro, segundo o setor de comunicação da DPU. A expectativa de investimentos chega à casa dos R$ 13,1 bilhões, em 30 anos de concessão, com a expansão e a melhoria das rodovias, além de custos operacionais como serviço médico, mecânico e pontos de descanso para os caminhoneiros.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A DPU alega que as comunidades quilombolas Feixo, Restinga e Vila Esperança de Mariental, localizadas dentro dos limites do município da Lapa, no Litoral do Paraná, e que reúnem cerca de 600 famílias, seriam prejudicadas com o pagamento do pedágio instalado no km 191 da BR-476, entre as comunidades e a cidade. Essas comunidades são certificadas pela Fundação Cultural Palmares, desde 2006, como sendo tradicionais.

Leia mais:

Imagem de destaque
Tragédia

"De cinco ficamos dois", diz gaúcha de Bento Gonçalves que perdeu os pais e tem irmã desaparecida

Imagem de destaque
Envio de mantimentos

Cães e bombeiros do Paraná embarcam para o Rio Grande do Sul para ajudar em buscas por vítimas

Imagem de destaque
Até 31 de maio

Concurso público para procurador de Londrina tem prazo de inscrição prorrogado

Imagem de destaque
Jogo simples custa R$ 5

Mega-Sena acumula e sorteia R$ 37 milhões na próxima terça-feira


A juíza federal Sílvia Regina Salau Brollo acatou a alegação da DPU de que para que os integrantes dessas comunidades tenham acesso aos serviços públicos básicos prestados pelo município, como saúde, educação e acesso à Justiça, terão de passar necessariamente pela praça de pedágio.

Publicidade


O defensor regional de direitos humanos no Paraná, Rodrigo Zanetti, explicou que o caso foi trazido pelas próprias lideranças das comunidades quilombolas afetadas. “Esse é um caso emblemático porque promove o resgate do direito à consulta livre, prévia e informada das comunidades tradicionais, ressaltando que ela não se confunde com as audiências públicas realizadas. Com a liminar concedida, fica suspenso o leilão e será possível se buscar a participação efetiva no processo de concessão das comunidades quilombolas afetadas”, analisou.


A decisão de suspender o leilão levou em conta também o dispositivo da Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) que determina “a consulta aos povos interessados, mediante procedimentos apropriados e, particularmente, através de suas instituições representativas, cada vez que sejam previstas medidas legislativas ou administrativas suscetíveis de afetá-los diretamente”.


Ainda segundo o setor de comunicação da DPU, até que seja feita uma audiência específica com os representantes dessas comunidades, os efeitos do leilão do lote 1 ficam suspensos.


O primeiro lote abrange uma extensão total de 473 quilômetros, compreendendo as rodovias federais e estaduais: as BR-277/373/376/476 e as PR-418/423/427. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), os principais benefícios que deverão ser feitos pela vencedora do leilão incluem 344 km de obras de duplicação, 81 km de faixas adicionais, 38 km de terceira faixa e 41 km em vias marginais. (Com assessoria de Comunicação Social da DPU).

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade