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Medo

Após ameaça de morte, alunos do distrito de Lerroville esvaziam salas de aula

Vítor Ogawa - Grupo Folha
25 out 2016 às 17:39
- Celso Pacheco-Grupo Folha
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Na última segunda-feira (24), pais de alunos de um colégio do distrito de Lerroville, na Zona Sul de Londrina, se mobilizaram após tomarem conhecimento de uma ameaça de morte contra 35 alunos da escola, divulgada em uma rede social. Vários moradores foram às escolas para solicitar a dispensa dos alunos com medo de que algo grave acontecesse. Nesta terça (25) de manhã, muitos alunos faltaram em função da chuva, mas um grande número não foi estudar por causa da ameaça.

A ameaça partiu do usuário do Facebook que se intitula "Marçal Assasi", que escreveu: "Lerroville mi espere 2 feira na escola si num da nada errado eu eos meu parcero vamo matar 35 alunos". A mensagem foi postada às 21h06 da última sexta-feira (21).

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No Colégio Estadual Professora Maria Helena Davatz, o diretor João Armando Piedade relatou que apenas 20% dos 450 alunos compareceram. "A orientação que temos dado é que as aulas continuam normalmente", afirmou, relatando que o tempo ruim pode ter contribuído para a ausência - em dias de chuva, de 30% a 40% dos alunos faltam às aulas.

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O diretor da Escola Municipal Bento Munhoz da Rocha Neto, Acyr Plath, relatou que dos 494 matriculados no período da manhã, apenas 63 compareceram às aulas. "Os pais ficaram com medo. Teve pai que esteve na porta da escola hoje, mas acabou levando o filho embora porque a Guarda Municipal não havia chegado no horário de entrada na escola, às 7h30", relatou. Uma equipe da GM chegou quase meia hora depois do horário de entrada, o que fez com que muitos pais levassem seus filhos de volta para casa.

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Solange Oliveira, 29 anos, tem um filho que estuda na escola municipal. Ela contou que ficou surpresa quando, na segunda-feira, o filho chegou mais cedo em casa. "O motorista do transporte escolar me explicou o que aconteceu e na hora fiquei muito nervosa. Hoje (terça-feira) meu filho não veio; eu vim para conversar com o diretor para ver se haverá policiamento, se a guarda ficará só hoje."


O diretor do colégio estadual informa que registrou boletim de ocorrência e comunicou o fato à Vara de infância e Juventude, ao Núcleo Regional de Educação e ao Conselho Tutelar e solicitou medidas protetivas. Segundo ele, recentemente a comunidade se uniu para adquirir um jogo de pneus para que a viatura de patrulhamento pudesse circular por lá. "Nós queremos um policiamento mais ostensivo, não só na área urbana do distrito, mas também na área rural", reivindicou.

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O secretário municipal de Defesa Social, Rubens Guimarães, afirmou que há dificuldade de manter o efetivo no distrito. "Até mesmo pela situação financeira da Guarda Municipal. Mas nessa circunstância especial temos que dar uma atenção para ver de quem está partindo essas ameaças", apontou.


A Polícia Militar foi procurada para comentar sobre o assunto, mas não atendeu as ligações. O delegado-chefe da 10ª Subdivisão da Polícia Civil, Sebastião Ramos dos Santos Neto, disse que está levantando as informações sobre o caso e em seguida irá conversar com as pessoas que lavraram o boletim.

Leia mais na edição desta quarta-feira da Folha de Londrina


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