A Câmara de Vereadores de Londrina vota, nesta quinta-feira (24), em segunda discussão, o Projeto de Lei (PL 51/2016), de autoria da vereadora Lenir de Assis (PT), que proíbe a concessão de alvará ou licença para a exploração de gases e óleos não convencionais pelo método de fratura hidráulica, o fracking.
A fratura hidráulica é uma prática utilizada por companhias de petróleo e gás para aumentar suas produções, e tem gerado muita polêmica. Este tipo de extração agride o meio ambiente por se tratar de um processo que consiste na perfuração e injeção de fluídos químicos no solo para elevar a pressão, fazendo com que haja fratura das rochas e a liberação do gás natural. Nos fluídos usados existem cerca de 700 produtos tóxicos, incluindo agentes cancerígenos. O método ainda pode causar mudanças climáticas e até abalos sísmicos.
Em 2013, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) leiloou blocos que impactam 122 cidades do Paraná e 40 de São Paulo.
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Caminhões vibradores contratados pela ANP já estiveram na região de Londrina, fazendo pesquisas geológicas para verificar a existência de gases. Moradores, principalmente dos distritos, acompanharam com preocupação a movimentação das máquinas.
A expectativa é de que a última votação do projeto, proibindo a técnica, em Londrina, seja acompanhada por organismos de defesa do meio ambiente, representantes da Igreja Católica, entre outros. Na primeira votação, o projeto foi aprovado por unanimidade pelos vereadores.
Se aprovada a proibição, o projeto seguirá para sanção e, Londrina, se somará a outras cidades paranaenses, que proibiram o fracking, como Maringá, Arapongas, Cornélio Procópio e Ribeirão Claro.