Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Pelo menos R$ 30 mil

Colégio Aplicação apura supostos desvios em doações de pais de alunos

Redação Bonde
25 jul 2017 às 10:31
- Gina Mardones/Grupo Folha
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O Colégio de Aplicação Pedagógica, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), apura um possível desvio de recursos das doações de pais de alunos, estimado em R$ 30 mil. A servidora, que não teve o nome divulgado, teria feito um cartão bancário para a movimentação desses valores.

Uma reunião foi feita com pais de alunos em 12 de julho para explicar o caso. O desfalque teria ocorrido na conta bancária em que são depositadas as doações feitas no momento da rematrícula dos estudantes, que ocorre entre outubro e novembro de cada ano. O teto da contribuição não ultrapassa 10% do salário mínimo, mas o valor é definido por cada pai. "A última [em 2016] tinha um valor máximo de R$ 70. Tem gente que doa o teto, tem gente que doa R$ 10, R$ 30", explica o primeiro tesoureiro da Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) , Jorge Luiz Rivail de Oliveira.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade

Segundo ele, os recursos são utilizados para manutenção da escola, a exemplo de reparos de emergência e da compra de suprimentos para merenda ou higiene. "Já compramos ventilador, já trocamos o piso de uma sala toda com isso", afirma. "São coisas para uso da escola em benefício do aluno."

Leia mais:

Imagem de destaque
Tem sobremesa!

Veja o cardápio do Restaurante Popular de Londrina para esta sexta-feira

Imagem de destaque
Zona Leste

Suspeita de bomba isola trecho da avenida Celso Garcia Cid em Londrina

Imagem de destaque
Oito meses de gestação

Saúde confirma que grávida de 25 anos morreu em decorrência da dengue em Londrina

Imagem de destaque
Sessões abertas e gratuitas

Cine Cequinha exibe filmes no Centro Cultural Kaingang e em Colégio no Assentamento Eli Vive

Oliveira diz que a associação aguarda o levantamento dos possíveis desfalques. A servidora, acrescenta, tinha total confiança da direção e da APMF e apresentava regularmente os saldos da conta, mas não o extrato detalhado. "No dia 4 [de julho], pegamos os extratos e constatamos saques indevidos." Ainda segundo o tesoureiro, havia sempre negativa de entregar o detalhamento da movimentação bancária e houve até mesmo cheque devolvido que não chegou ao conhecimento da direção.

Publicidade

A APMF registrou boletim de ocorrência, que corre no 1º Distrito Policial, para apurar possível estelionato. O delegado Edgar Soriani afirma que a advogada que representa os denunciantes ainda não encaminhou petição com mais informações sobre o caso. "Até o momento, foi noticiado o fato de que teria havido desvio de dinheiro, mas ainda não houve o registro do que ocorreu." Oliveira afirma que a entidade aguarda o fim da investigação interna para, em seguida, encaminhá-la para a delegacia e para o Ministério Público (MP).

O diretor do Colégio Aplicação, Edmilson Lenardão, diz que as suspeitas começaram há cerca de três meses. De acordo com ele, como os recursos são provenientes de doações e não de repasses governamentais, não havia acesso direto à movimentação da conta, dificultando a fiscalização. "Em fundos públicos, como há controle mais rigoroso, não foram encontradas suspeitas de irregularidades."

Publicidade

Lenardão acrescenta ainda que a auditoria interna da UEL vai fazer a verificação das contas. O relatório, se confirmar as irregularidades, será levado para a Polícia Civil e para o Ministério Público. Em âmbito administrativo, se confirmadas as evidências, deve ser aberta uma sindicância, seguida de um processo administrativo disciplinar.

A diretora do Núcleo Regional de Educação (NRE), Lúcia Cortez, explica que o Colégio Aplicação, embora seja estadual e que também tenha servidores da Secretaria Estadual da Educação, é gerido pela UEL e tem servidores de lá. Ela diz que o NRE ainda não foi notificado da ocorrência e que a funcionária suspeita é vinculada à UEL.

A funcionária, que trabalhava no colégio desde 2013, estava afastada por força de licença especial e, em seguida, entrou em férias. O retorno ao trabalho ocorrerá nesta sexta-feira (28), mas ela não deve voltar para o Aplicação devido às suspeitas levantadas – como é funcionária da UEL, deve ser remanejada para outro setor.

O diretor lamenta o episódio ocorrido com o fundo de doações, já que os recursos são usados para melhorias em relação a alunos e a funcionários.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade