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Contrato de pedágio cobre 29% de contorno norte ideal

Fábio Galiotto/Grupo Folha
25 nov 2016 às 15:00
- Gina Mardones/Grupo Folha
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Os recursos previstos em contrato com a concessionária de pedágio Econorte para a construção do contorno norte, para ligar Cambé a Ibiporã por fora de Londrina, contemplam somente 29% do necessário para custear uma obra que atenda as necessidades atuais da região. O acordo original, modificado após aditivos desde a assinatura da concessão em 1997 entre o governo do Paraná e a empresa, exigia apenas uma pisa simples e em uma rota que hoje já não está fora da zona urbana, o que exigira modificações.

Em reunião de lideranças políticas e empresariais de municípios da região na Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), na sexta-feira, 25, representantes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e da Econorte apresentaram duas propostas para a região, uma do contorno norte deslocado para além da zona urbana, diferentemente do projeto original, e outra de um anel viário. O objetivo era trazer o debate para a sociedade civil local, na tentativa de definir melhor questões como custo, formato e trajeto, para desafogar o tráfego urbano, reduzir acidentes e criar um novo corredor de desenvolvimento para a Região Metropolitana de Londrina (RML).

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Porém, o tema é espinhoso porque há a possibilidade de se trocar o contorno norte pela antecipação da duplicação de trecho da BR-369, entre Cornélio Procópio e Jataizinho. Nas mãos da mesma concessionária, a obra está prevista apenas para último ano de contrato, em 2021, e custaria valor equivalente aos recursos disponíveis para o projeto original em Londrina. Possibilidade que também atraiu ao debate lideranças do Norte Pioneiro.

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Segundo apresentação do gerente de planejamento e riscos da Econorte, Cristiano Mikoszewski, o valor atualizado disponível para o contorno norte é de R$ 126 milhões e atenderia o projeto original, de 1996, com pista simples por 29 km e com cinco intervenções em cruzamentos. Hoje, a rota já passaria por dentro da zona urbana de Londrina, o que não resultaria na redução de acidentes, problema crônico da avenida Brasília. A desapropriação das áreas, entretanto, dependeria de recursos do Estado, fruto de um dos aditivos ao longo do contrato.

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Após pedido do DER, a concessionária promoveu um estudo para definir um trajeto mais apropriado, ao norte do anterior, com pista dupla e 14 intervenções nos mesmos 29 km. O custo estimado pela Econorte para essa proposta é de R$ 440 milhões, bem acima do que são obrigados a custear, conforme o engenheiro. Neste caso, o custo de desapropriação seria de R$ 159 milhões.


Segunda opção
Na sequência, o diretor geral do DER no Paraná, Nelson Leal Junior, apresentou um projeto de anel viário para o norte paranaense com início em Mauá da Serra, com 330 km de extensão. A obra ligaria a PR-445, ao norte e ao sul de Londrina, a PR-090, ao leste, a PR-170, a oeste e a PR-323, também ao norte. Os investimentos estão estimados em R$ 2 bilhões e dependeriam de nova concessão de pedágio na extensão, por 25 anos, com tarifa de R$ 0,12 por quilômetro. A aplicação de recursos se daria por gatilho conforme o tráfego gere arrecadação. Neste caso, ficaria aberta a possibilidade de usar os R$ 126 milhões previstos em contrato para a duplicação da BR-369, no Norte Pioneiro.

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Proposta que gerou críticas por parte de representantes de entidades da região de Londrina. "A proposta do rodoanel tem de ser estudada, mas é para o futuro. Como tudo, tem de ser planejada para frente e pode ser que seja interessante, mas não é o que precisamos neste momento", disse a presidente da Associação das Empresas do Parque Industrial de Cambé (AEPIC), Rosinda Stremlow. Ela elogiou, porém a chance de poder tomar conhecimento sobre as propostas e poder se manifestar.


Acil pede grupo técnico para debater propostas
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Cláudio Tedeschi, pediu a criação de grupo de especialistas para analisar as propostas apresentadas nesta sexta-feira, 25, para o contorno norte na cidade. "Vamos formar uma comissão técnica com representantes que prefeitos indiquem, que associações específicas indiquem, para que tenhamos processo de discussão política, mas já dentro de dados de viabilidade técnica e financeira", disse, em reunião na sede da entidade

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Para o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi, pequenas mudanças no projeto do contorno norte poderiam reduzir os custos, principalmente de desapropriação. O deputado estadual Tercílio Turini (PPS) também contestou os valores apresentados. "Não é possível esse valor de R$ 59 milhões para desapropriações na zona rural. Isso é uma questão relevante e vamos buscar uma solução."


Por outro lado, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), defendeu a troca do contorno norte pela duplicação da BR-369, para que seja encontrada uma outra solução para a região de Londrina. "Nossa expectativa era que a obra (de duplicação) tivesse se iniciado em agosto e estamos nesse impasse", disse. "Se não tivermos uma solução negociada que possibilite antecipar as obras dentro da malha urbana de Londrina e trabalhar um traçado com uma nova concessão para poder antecipar a duplicação da BR-369, pode ter certeza, vai chegar em 2021 e não terá acontecido nem uma coisa nem outra."

O deputado estadual Thiago Amaral (PSB) afirmou que a iniciativa de trazer o debate para Londrina é justamente para buscar uma decisão conjunta e com participação local. "Precisamos estudar, junto ao DER e à Econorte, para definir qual a melhor proposta financeira. Se vai ser o Estado a arcar com o custo, se vai ser uma nova concessão, se vai ser outra alternativa para fazer um rodoanel, isso deve ser visto na sequência."


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