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Em Londrina

Criador explica como falcões podem afugentar pombas

Loriane Comeli - Redação Bonde
11 ago 2010 às 15:16
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O uso de falcões treinados para afugentar as pombas amargosinhas do centro de Londrina somente poderá ser feito após o abate de pombas com "desvio de comportamento", explicou ao Bonde o criador de falcões Anderson César Gonçalves, que deverá adotar esta técnica na cidade por solicitação da Secretaria Municipal do Ambiente (Sema).

A explicação se dá em decorrência de equívoco cometido pelo secretário do Ambiente, José Novaes Faraco, de que a ação dos falcões poderia dispensar o abate de pombas.

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"Na verdade, hoje o número de pombas é excessivo e a soltura dos falcões não seria eficaz porque as pombas se protegem justamente na superpopulação. Poucos falcões não fazem diferença numa população imensa de pombos. Então, primeiro é preciso fazer o abate", explicou Anderson Gonçalves.

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O abate em Londrina foi solicitado ao Ibama, que precisa autorizar a matança. A ideia inicial seria abater pelo menos 48 mil aves; no entanto, nova contagem dos pombos está sendo feita para que possa se precisar qual o número exato de aves a serem mortas. Segundo ele, as pombas ficarão "abaladas" depois que parte delas for abatida. E os falcões representarão um segundo abalo.

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Apesar disso, as aves de rapina não irão matar as pombas. "Os falcões serão treinados para voar e representar uma ameaça e não para atacá-las diretamente", disse Gonçalves.


A ideia é soltar os falcões no bosque – local "escolhido" pelas pombas para pernoitar – entre 17 e 19 horas. "São falcões treinados que não atacam pessoas ou outros animais. Sequer vão atacar as pombas, mas representarão uma ameaça para elas". Depois das duas horas de voo, aproximadamente, os falcões são chamados pelo dono, que os recolherá e os soltará no dia seguinte.

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"Com isso, vamos mudar o comportamento dessas aves que hoje têm "desvio de conduta". Isso impedirá que, após o abate, elas retornem para o centro da cidade", explicou o falcoeiro.


Anderson já desenvolveu a técnica, chamada de falcoaria, em empresas privadas que trabalham com grãos. Ele também cuida e treina falcões recolhidos pelo Ibama. "Mas esses falcões do Ibama não serão utilizados; acho que seriam necessários quatro ou cinco aves, das quais eu disponho". O falcoeiro disse não poder estimar custo para o serviço. "Isso varia conforme cada caso".

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Ideia antiga


Em 2005, Anderson, que trabalha em parceria com o Departamento de Aves da Universidade Estadual de Londrina (UEL), já havia apresentado esta ideia à Secretaria Municipal de Ambiente, mas ela acabou não sendo levada adiante.


"São questões do poder público que prefiro nem comentar. Naquela época, já alertávamos que pessoas poderiam morrer em decorrência de doenças transmitidas pelas aves. E isso ocorreu", afirmou Anderson, referindo-se a pelo menos dois casos de mortes causadas por criptococose, doença transmitida por bactéria encontrada nas fezes dos pombos.

"Agora que se tornou efetivamente um problema de saúde pública, quem sabe as medidas sejam efetivamente tomadas", disse Anderson Gonçalves". Veja reportagem pela Folha de Londrina em 4 de novembro de 2005.


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