Após polêmica envolvendo a construção da Usina Hidrelétrica de Mauá no Rio Tibagi, as empresas EPE e Cnec, vinculadas ao governo federal, apresentaram na tarde desta segunda em Londrina, novos estudos para a construção de outras sete usinas no 3º maior rio do Paraná.
Ambientalistas e indígenas estarão presentes no encontro e prometem reagir, visando proteger o manancial de abastecimento público de Londrina e Cambé.
Ação criminal
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As duas empresas e os consultores ambientais Ronaldo Luís Crusco e Marco Antonio Vilarinho Gomes são réus na ação criminal 2006.70.01.004.036-9, proposta pelo Ministério Público Federal de Londrina. Na ação, o atual secretário de Ambiente do Paraná, Raska Rodrigues, também é acusado de improbidade administrativa por ter liberado a UHE Mauá dos estudos integrados que serão apresentados hoje pela Cnec – mais de dois anos depois e com a construção da UHE já em curso, a todo vapor.
Em ofício, EPE e Cnec afirmam que os estudos a serem apresentados nesta tarde, "têm como objetivo geral avaliar a situação socioambiental da bacia do Rio Tibagi considerando os empreendimentos hidrelétricos em operação e os planejados".
Segue o documento, encaminhado às autoridades ambientais de Londrina: "Serão considerados os efeitos cumulativos e sinérgicos dos empreendimentos sobre os recursos naturais, as populações residentes e as atividades econômicas, assim como os usos atuais e potenciais dos recursos hídricos no horizonte atual e futuro de planejamento".
As informações são do advogado da Ong Mae, Carlos Levy, e da especialista em peixes da UEL e pesquisadora do Rio Tibagi há 20 anos, Sirlei Bennemann.