Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Problema antigo

Empresas ainda não apresentaram plano de manejo para sanar superpopulação de pombos

Aline Machado Parodi - Equipe Folha
19 ago 2016 às 09:54
- Anderson Coelho/Equipe Folha
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Somente uma empresa de armazenagem de grãos apresentou à Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) o plano de manejo e controle da população de pombos em Londrina. No começo de julho, a secretaria notificou 42 empresas de armazenagem ou distribuição de grãos por disponibilizarem alimentação às aves.

De acordo com o gerente de projetos e análise ambiental da Sema, Paulo Cezar Dolibaina, oito empresas apresentaram justificativas ou pediram mais prazo, 25 ainda não se manifestaram, mas algumas ainda estão dentro do prazo de 30 dias para atenderem a notificação, cinco estão desativadas e em três casos houve problemas na entrega da notificação e serão enviadas pelos Correios.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Dolibaina explicou que nem todas as empresas foram vistoriadas. "A fiscalização constatou alguns casos e decidimos encaminhar a notificação para todas as cooperativas listadas. Por isso, verificamos que algumas estão desativadas e outras não são de Londrina, então vamos enviar a notificação por AR", alegou.

Leia mais:

Imagem de destaque
Não perca a oportunidade!

Clube das Mães Unidas divulga 21 cursos gratuitos para o mês de maio

Imagem de destaque
277 vagas no total

Concurso da Prefeitura de Londrina atrai candidatos de todos os Estados

Imagem de destaque
"Acordos amigáveis"

Justiça do Trabalho abre inscrições para a Semana Nacional da Conciliação em Londrina

Imagem de destaque
Lançamento de dez faixas

Rapper londrinense Luli MC mescla o ancestral e o moderno em ‘’Pede Agô’’


Os planos de manejo serão submetidos a aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo o gerente, as empresas que não apresentarem os planos estarão sujeitas a multa, mas o órgão ainda não definiu qual tipo e nem o valor. "Medidas serão tomadas, mas vamos fazer a análise de cada caso. Como foi solicitado uma documentação, ele pode ser penalizado por não atenderem a solicitação ou, em casos mais graves, pela lei que proíbe a alimentação de pompos", explicou.

Publicidade


O Código Ambiental de Londrina, lei municipal 11.471/2012, proíbe a alimentação de aves livres em área urbana da cidade. A disponibilidade de alimento facilita a proliferação de pombos. Em Londrina, as pombas são um problema crônico e crítico. Estima-se que a população dessas aves seja de mais de 400 mil, resultando em muitas reclamações sobre sujeira e mau cheiro. Quase todo morador da cidade, que tem 548,2 mil habitantes segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem um pombo para chamar de seu.


A cidade convive com duas espécies: a Zenaida auriculata, conhecida como pomba-amargosa ou amargozinha; e a Columbia livia, pombo doméstico. A amargozinha é nativa da fauna brasileira e vive em áreas rurais, onde se alimentam de grãos, mas utilizam as árvores na área urbana como dormitório. Já a Columbia é exótica e costuma fazer ninhos em telhados, calhas e construções.

Publicidade


REPRODUÇÃO


A oferta de alimento facilita a reprodução das aves. Segundo o engenheiro agrônomo da Bio Control, Juberson Fabiano do Prado, de Curitiba, normalmente os pombos teriam dois filhotes por ano. "Mas com a gama de alimento, o pombo doméstico tem tido até quatro ninhadas de dois filhotes por ano." Com três meses de vida, uma pomba já pode se reproduzir. "Por isso esse crescimento exponencial da população de pombos", comentou Prado.

Publicidade


Ele avalia que "Londrina está no caminho certo com a lei municipal que proíbe alimentar os animais" e aconselha as empresas de grãos a reforçarem a limpeza dos galpões para evitar a oferta de alimentos e fecharem os locais onde elas possam fazer ninhos.


"As pombas são territorialistas, quando fixam um lugar elas não querem sair mais. Então, fechar os locais para evitar os ninhos, associado com a falta de alimento pode, a longo prazo, gerar um efeito", ressaltou o agrônomo.


Assim como as empresas, o gerente da Sema explicou que as residências também podem ser multadas caso os proprietários facilitem a oferta de alimento. Segundo ele, as fiscalizações são realizadas conforme as denuncias são feitas.

SERVIÇO – Denúncias podem ser feitas na Sema pelo telefone (43) 3372-4750 ou e-mail fiscalizacao @ londrina.pr.gov.br


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade