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Obras sem fim

'Fantasmas' da Encol ainda assombram Londrina

Wilhan Santin - Folha de Londrina
25 out 2009 às 12:03
Os cinco ‘esqueletos’ da Encol têm a previsão de um dia serem concluídos, mas todos derrapam em algum tipo de obstáculo - Olga Leiria/Folha de Londrina
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Dez anos depois de a construtora que já foi a maior do Brasil falir de vez, em Londrina cinco edifícios residenciais da Encol ainda estão muito longe de servirem como moradias àqueles que sonharam, no início da década de 1990, com um belo apartamento em áreas nobres da cidade. Quatro desses prédios estão na Gleba Palhano (Zona Sul), região que sofreu enorme valorização nas duas últimas décadas. Dois deles não passam de ''esqueletos'' em estado de abandono. O quinto prédio está na rua Paranaguá, uma das mais nobres da região central e também tem sinais de abandono, acumulando água parada em suas lajes.

Na última semana, a FOLHA pesquisou a realidade de cada uma dessas obras. Em comum, todas têm a previsão de um dia se tornarem, finalmente, um edifício. Porém, todas derrapam em algum tipo de obstáculo.

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De frente para a avenida Madre Leônia Milito, a principal da Gleba Palhano, estão duas torres de 10 andares - os edifícios Mozart e Strauss - cada uma com quatro apartamentos de 170 ou 200 metros quadrados de área total por andar. Quando a Encol começou a mergulhar no processo de falência, pedindo concordata em 1997, os condôminos iniciaram um processo jurídico para evitar que essas obras, iniciadas no início da década de 1990, fossem parar na massa falida da construtora. Conseguiram. Quando houve a derrocada, em 1999, os donos dos virtuais apartamentos tornaram-se também os donos de fato dos prédios. Junto, herdaram a missão de concluí-los, recebendo-os com todas as lajes e paredes externas prontas.

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O problema é que as duas torres lembram a bíblica Babel, com os condôminos encontrando dificuldades para se entender. No edifício Mozart, o mais conservado por fora, com uma camada de tinta dando um aspecto melhor à parte externa, alguns estão tocando adiante a parte interna de seus apartamentos e querem instalar elevador até o final do ano, mas as opiniões ainda são divididas. ''As coisas não são fáceis porque no nosso caso ninguém é investidor, todo mundo comprou para morar. Então, uma parte tem dinheiro para ir tocando as obras e outra parte não tem'', comenta o empresário Marcos Puertas, um dos líderes da comissão de condôminos.

No edifício ao lado, o Strauss, a situação é pior. Segundo os condôminos que toparam conceder entrevista sob a condição do anonimato, há mais desunião. ''A Gleba Palhano é um cartão de visita de Londrina. Pela cidade, temos o dever de concluir a obra, porém emperramos em entraves burocráticos e em interesses pessoais, com alguns querendo levar vantagem sobre outros. Contudo, estamos lutando e tenho esperança de que vamos conseguir'', comenta uma mulher que comprou o apartamento, em 1992, quitado, da Encol.


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