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Grupos formados em Londrina provam que é possível construir um mundo melhor

Carolina Avansini - Grupo Folha
24 set 2016 às 12:42
- Saulo Ohara
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Há dois anos, um grupo que acredita na Antroposofia como filosofia para orientar a vida passou a sonhar com uma escola Waldorf na cidade. A ideia surgiu entre pessoas que se reuniam para debater as ideias de Rudolf Steiner, criador da Antroposofia, um método de conhecimento da natureza, do ser humano e do universo que amplia o conhecimento obtido pelo método científico convencional, bem como trata da aplicação desse conhecimento em todas as áreas da vida humana, incluindo medicina e educação.

O debate sobre o assunto foi colocado em prática quando o grupo vislumbrou a possibilidade de começar a atender crianças de 2 a 6 anos em um centro de educação infantil que vai funcionar no próximo ano letivo e recebeu o nome de Jardim Alvorecer. As professoras Rebeca Nogueira e Ita Murbach farão parte do corpo docente da nova escola e contam a história deste verdadeiro "jardim de infância".

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No início, o objetivo era apenas estudar a ciência. Com o passar do tempo e com a presença cada vez maior de famílias que traziam as crianças para os encontros, surgiu a vontade de criar a escola. Foi então fundada a associação Terra Roxa, sem fins lucrativos, para operacionalizar o sonho.

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"O princípio de uma escola Waldorf é que a gestão seja coletiva e associativa, não tem um 'dono'", explicam. Outra premissa é que a participação dos pais é essencial para formar uma comunidade escolar participativa. Por isso, famílias e professores formam a base da gestão do novo empreendimento, que começa com cobrança de mensalidades mas prevê a oferta de bolsas para famílias mais carentes.

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Rebeca e Ita esclarecem que a pedagogia baseada nas ideias de Rudolf Steiner considera as pessoas de forma completa, como seres de corpo, alma e espírito que estão no mundo para se desenvolver. A presença de muitas atividades artísticas e o contato com a natureza são essenciais para a formação deste indivíduo que, segundo Ita, será capaz de resolver por si próprio as muitas demandas da vida.


"Focamos em alimentação saudável, brincadeiras ao ar livre e o respeito à individualidade de cada criança. Acreditamos que elas precisam crescer, desenvolver o corpo para depois iniciar a alfabetização. A pedagogia Waldorf é baseada em autoeducação, quando a criança aprende a partir de exemplos a seguir."

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Para realizar as adequações necessárias à implantação da escola exigidas pela secretaria municipal de Educação, a associação Terra Roxa está com um projeto de financiamento coletivo aberto até o dia 30 de setembro. Quem quiser colaborar com a iniciativa deve entrar no site benfeitoria.com/Jardimalvorecer e escolher uma das opções disponíveis.


Já os integrantes do Movimento dos Artistas de Rua de Londrina (Marl) acreditam na autogestão, mas também defendem que o poder público deve oferecer condições para o desenvolvimento da cultura de uma forma mais democrática nas cidades. Por isso, em junho deste ano, depois de esperar por anos o desenrolar de um debate sobre a necessidade de um espaço para os coletivos londrinenses, adotaram uma estratégia identificada com o conceito de "faça você mesmo" e, ao fim de um cortejo artístico, ocuparam o prédio da antiga União Londrinense de Estudantes Secundaristas (Ules), uma estrutura pública que estava há uma década sem uso.

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Em poucos meses de funcionamento, o espaço ganhou vida e uma nova "cara". Hoje, abriga mais de 20 coletivos formados por artistas de rua que usam o local para ensaiar, pesquisar, compor figurinos e até mesmo administrar as ações que já fazem parte do cotidiano da cidade. Teatro, malabares, artesanato, circo e rap são algumas das manifestações presentes no local. O que parece confuso, na verdade, é resultado de uma metodologia bastante organizada defendida pela Rede Brasileira do Teatro de Rua, do qual o Marl faz parte, como contam os artistas Danilo Lagoeiro, Bruno Baze, Herbert Proença, Thaís Regina, Rafael Avansini, Olifa Ollon e Lucas Chicarelli.


A mobilização da turma já rendeu outros frutos. Eles realizaram em Londrina o Festival de Teatro de Rua e, em 2014, conseguiram a aprovação da Lei do Artista de Rua, que garante o direito de uso dos espaços públicos, por até quatro horas, sem necessidade de comunicação prévia das autoridades. "É uma lei importante porque dependemos do clima, não dá para planejar os espetáculos com muita antecedência", explicam.

Leia mais na edição deste fim de semana do Folha Mais


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