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Saúde pública

Invasão de escorpiões assusta moradores da zona norte de Londrina

Paulo Monteiro - Nosso Dia
04 dez 2017 às 08:02
- Pixabay
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O Residencial Cancun 3, na zona norte de Londrina, sofre há duas semanas com a invasão de escorpiões. De acordo com os moradores, o bicho invade as moradias e se acomoda discretamente. Quando se sente perturbado, prepara a cauda afiada e pica sem cerimônias. Além de causar muita dor, pode provocar até a morte de crianças, idosos e pessoas debilitadas. Acuada e de "cabelo em pé", a comunidade mantém a vigilância e estuda o cenário antes de entrar na própria casa. Qualquer descuido pode ser fatal, já que o animal peçonhento se esconde até em roupas, sapatos e debaixo de tapetes, esperando a próxima vítima.

"A gente acredita que os escorpiões são atraídos pelas baratas, que saem também das caixas de gordura. Não é por falta de limpeza. A gente mantém a casa bem limpinha, mas não tem jeito, não há veneno que acabe com eles. É ficar alerta o tempo todo", conta o pedreiro Osvaldo Barbosa.
Segundo ele, há escorpiões de todos os tamanhos e espécies. E destaca ainda a presença de outros peçonhentos. "Tem do pequeno e também do grande. Mas não são apenas os escorpiões, tem aranhas e cobras", relata o pedreiro. Para evitar acidentes, moradores vasculham com cuidado os calçados e roupas antes de vesti-los. Mesmo assim o cuidado não é suficiente.

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Escorpiões e aranhas entram até mesmo pela janela do banheiro. Para impedir o avanço do "inimigo", o operador de máquinas Fabiano Azevedo coloca tapetes por debaixo da porta. Não teve jeito, enquanto tentava conter o escorpião na porta de casa, as aranhas se instalavam na roupa da sua esposa. "A minha mulher foi vestir uma jaqueta e acabou sendo picada. Ela sentiu uma fisgada, mas achou que não era nada. No dia seguinte, começou a sentir dores nos rins. Foi ao médico e ele disse que seria por causa de uma picada de aranha", diz Azevedo. "Recentemente, uma criança também foi picada por uma cobra jararaca. Ele foi internada, mas já está melhor. Pela grande quantidade de bichos peçonhentos aqui, aranha caranguejeira, que tem bastante, já nem assusta mais a gente", ressalta.

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De onde vem?
Próximo ao Residencial Cancun se instalaram irregularmente alguns moradores, que ocuparam um terreno vazio. Boa parte da comunidade foi embora do local, porém deixou muita madeira, entulhos e outros objetos após o desmanche das moradias. Além disso há terrenos com mato alto ao redor, que cresce rapidamente em função da chuva e do calor. Situação que pode colaborar com o desenvolvimento dos insetos e animais peçonhentos.

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"Acredito que hoje eles se desenvolvem no mato em volta, que cresce muito rápido nesta época do ano, que é quente e úmida. Eles também estão vindo dos materiais descartados no fundo de vale, como pneus, madeiras e móveis velhos", acredita Fabiano Azevedo. A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, mas não obteve retorno.


Veneno ocasiona dor local e efeitos complexos

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A Secretaria da Saúde do Estado do Paraná (Sesa) alerta que os acidentes escorpiônicos ocorrem com frequência e são potencialmente graves em extremos de faixa etária. A maioria em meses quentes e chuvosos. Os escorpiões inoculam o veneno pelo ferrão, localizado no último segmento da cauda. São animais carnívoros, alimentam-se principalmente de insetos, como baratas e grilos. Com hábitos noturnos, durante o dia estão sob pedras, troncos, entulhos, telhas, tijolos.


Os escorpiões são pouco agressivos, têm hábitos noturnos. Encontram-se em pilhas de madeira, cercas, sob pedras e nas residências. Segundo a divulgação da Secretaria de Saúde, o veneno ocasiona dor local e efeitos complexos nos canais de sódio. Geralmente, as manifestações sistêmicas são hipertermia e sudorese profusa. Além de náuseas, vômitos, dor abdominal e diarreia.

As cardiovasculares são arritmias cardíacas, hiper ou hipotensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva e choque. Entre as respiratórias, edema pulmonar agudo. Neurológicas, agitação, sonolência, confusão mental, hipertonia e tremores. A gravidade do quadro clínico depende de vários fatores como espécie e tamanho do animal agressor e veneno inoculado, número de picadas, massa corporal da vítima e sensibilidade ao veneno.


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