O Patrimônio Selva (zona sul) sedia a partir desta quarta-feira (21) a Feira da Primavera, uma exposição de artesanato em palha de bananeira, palha de milho e bambu feito pelo Grupo de Mulheres Patrimônio Selva. O grupo atua há 16 anos naquela comunidade e especializou-se no uso da matéria-prima natural para produção de peças de decoração, como bonecas, flores, cachepôs, vasos e cestos.
Além das criações do grupo, também estarão à venda panos de prato, tapetes e outros itens feitos em tecido e crochê por artesãos de Londrina e região. A feira acontece na Casa Dona Maria, das 9 às 18 horas, e vai até 10 de outubro.
O Grupo de Mulheres Patrimônio Selva existe há 16 anos e surgiu da iniciativa da líder comunitária Maria José Teixeira Lopes, que percebeu a necessidade de garantir uma ocupação às mulheres. Inicialmente, o grupo trabalhava apenas com fibra de bananeira, mas atualmente a produção ganhou ainda mais força com o uso de matéria-prima diversificada, como a palha do milho e o bambu.
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Hoje, grande parte dos itens que tomam forma pelo manuseio hábil e preciso da matéria-prima pelas artesãs vem da palha do milho doada por agricultores da região por meio de uma parceria com o Sindicato Rural Patronal de Londrina. "Hoje, a palha do milho é o que mais dá renda porque já vem pronta da lavoura. Já recebemos a palha seca dos produtores rurais", disse Maria José.
Do grupo fazem parte seis mulheres. Nem todas elas chegam até a casa de dona Maria por necessidade financeira, mas em busca de uma ocupação. Enquanto o artesanato é produzido, a conversa vai fluindo e os problemas e preocupações do dia a dia são amenizados. É como uma terapia em grupo, conta Ivonete Morais dos Santos Paixão. "Estava parada em casa, sem fazer nada, então resolvi vir para cá. Comecei ajudando, tomei gosto pela atividade e passei a integrar o grupo. Aqui a gente distrai e ainda ganha um dinheirinho que sempre ajuda na renda de casa."
Na chácara de Ivonete tem um bambuzal de onde ela retira sua matéria-prima preferida. "Sei trabalhar com a palha de bananeira e com a palha de milho, mas gosto mesmo é de mexer com bambu", revela. Do caule do bambu, a artesã faz vasos, arranjos e cachepôs cheios de criatividade.
Zilda Godói ainda tenta aprender a produzir as peças, mas já sabe trançar a fibra da bananeira para dar o acabamento às peças e cortar a matéria-prima. "É um trabalho muito gratificante", afirma.
Quem visitar a feira vai encontrar itens com preços bastante acessíveis, a partir de R$ 2, até outros mais elaborados, que podem chegar a R$ 150. As mulheres do Patrimônio Selva também fazem trabalhos sob encomenda. Mais informações pelos telefones (43) 3341-1063, (43) 9947-4211 e (43) 9617-4471.