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Não é Stradivarius

Músico descarta originalidade de violino apreendido com líder de seita

Viviani Costa - Grupo Folha
20 out 2016 às 15:35
- Anderson Coelho/Grupo Folha
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O violino apreendido em uma operação da Polícia Federal em Londrina não é um Stradivarius original, segundo o músico Roney Marczak. O violinista esteve na manhã desta quarta-feira (19) na sede da PF e verificou detalhes do instrumento. Segundo ele, o violino apreendido tem, aproximadamente, 200 anos e apresenta características de fabricação europeia.

"O instrumento tem 200 anos pelo peso da madeira. Se fosse original, o tampo onde se colocam os dedos para tocar um violino desse porte estaria com ébano. As costas do violino não estão na precisão que Stradivari trabalhava. O instrumento tem valor histórico, mas, financeiramente, apenas um valor simbólico", analisou.

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O violino foi encontrado na semana passada na casa de Valentina de Andrade, na zona sul de Londrina. A líder da seita Lineamento Universal Superior é investigada por sonegação patrimonial e lavagem de dinheiro. Joias, carros e quantias em dinheiro também foram apreendidos.

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Marczak já tocou em oito Stradivarius originais em instituições conceituadas na Europa. Segundo ele, Antônio Stradivari confeccionou, aproximadamente, mil instrumentos entre violinos, violas e violoncelos em Cremona, na Itália. Cerca de 300 estão desaparecidos.

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"Ele foi de uma precisão ao escolher cada madeira e isso o tornou o maior luthier da história. Stradivari revolucionou a construção de violinos. Antes dele, havia centenas de formatos. Foi ele que concebeu essa forma ideal. Dependendo do local, como a Arena de Verona e o próprio Coliseu, por exemplo, o violino original não precisa nem de microfone. Tem uma força inexplicável de ressonância do som. Eles são caros não só porque são antigos, mas porque são instrumentos de excelência. Mozart e Beethoven tocaram nesses instrumentos", detalhou.


O auge da produção foi entre 1705 e 1725. O violino apreendido possuía rótulo de 1721. Dependendo do estado de conservação, Marczak afirmou que um Stradivarius original pode valer até U$ 15 milhões. Já o instrumento apreendido, segundo ele, vale bem menos de R$ 20 mil, valor estimado para o conserto.


"Fiquei chateado quando vi que não era um original. Estamos atrás desses instrumentos. Espero que a Polícia Federal ache uma forma para que esse instrumento apreendido possa ser cuidado. Ele tem valor histórico", concluiu.

De acordo com o delegado da Polícia Federal, Sandro Viana, o violino será encaminhado para Curitiba na próxima semana. "O mesmo pessoal que faz a perícia dos materiais da Lava Jato deve analisar o instrumento", explicou. Valentina de Andrade permanece na mesma residência em Londrina onde foi cumprido o mandado de busca e apreensão. Após várias trocas de advogados, conforme o delegado, Valentina deve prestar depoimento no início da semana que vem junto com os demais integrantes da seita em Londrina.


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