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Caindo na rede

UTFPR e Casa da Mulher oferecem curso de alfabetização digital

Walkiria Vieira - NOSSODIA
30 set 2016 às 19:00
- Walkiria Vieira
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Em sua terceira edição, o curso de Alfabetização Digital realizado no campus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, zona leste de Londrina, é uma parceria entre a Universidade e a Casa da Mulher. De acordo com a psicóloga da Casa da Mulher, Lisnéia Rampazzo, o objetivo da iniciativa é proporcionar o acesso de mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica ao mundo digital.

"Temos avaliado e o resultado é ótimo. Muitas mulheres desconhecem essas ferramentas e isso representa uma exclusão social. Diante o desconhecido, enxergam instrumento – computador, tablet, smartphone - como bicho de sete cabeças. A partir do momento que alguém, no caso o monitor, mostra que é simples e podem aprender, vemos resultado na autoestima, na autonomia e na cidadania que esse tipo de ação proporciona", explica.

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Com vaga para 12 alunas e a presença de 12 monitores, a proposta é que os educandos tenham realmente um atendimento individual e 100% de aproveitamento. "Aqui é VIP", diz a coordenadora e professora do curso de Alfabetização Digital, Nazira Hanna Harb. "Devemos abrir as portas da universidade para a comunidade. Aqui, terão informação e colocarão em prática, pois o atendimento é exclusivo, um a um, com assuntos que fazem parte do universo dos alunos e isso colabora para o aprendizado."

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Afastada do trabalho para tratamento médico, a auxiliar de almoxarifado Helena Geraldo da Silva, 49 anos, procurou o curso em busca de autonomia. "Meus netos de 13, quatro e três anos usam celular, computador e eu fico que nem boba. Dependo de filho até para passar um e-mail e quando ouvi que existe proposta de agendar consulta no postinho de saúde pela internet, fiquei preocupada. Nunca tive oportunidade de aprender e nem como pagar e uma chance como essa não cai do céu de novo", alegra-se. Enquanto navega pela primeira vez no laboratório de informática, pesquisa preços de lajes, conhece referências de outras marcas e fornecedores e faz até pesquisa sobre o preço do remédio que toma.

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Já a moradora da área rural, Zilda Marri Refundini, 68 anos, saiu de casa às 10h40, precisou de três conduções e às 13 horas estava na porta da universidade para suas primeiras lições de Informática. "Percebi que eu tô lá atrás, parei no tempo. A era da informática é muito vantajosa. Minha filha mora em Jundiaí (SP) e me incentivou muito. Falei que só ia ter eu de velha e ela disse para eu tirar isso da cabeça."


Dona Zilda reflete e conclui: "Ela está certa, vou continuar de pé no chão, cuidar da horta, da criação de frango, mas vou ver o mundo com outros olhos". Com vontade de aprender, a Lourdes Leite Soares, 50 anos, não esconde o desejo pelo novo. "Sou mãe e avó e sei que daqui pra frente a tecnologia vai dominar e o que eu aprender quero passar pra frente", diz a moradora do Jardim Belo Horizonte.

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"Quem ensina também aprende"


Com esse discurso, discentes da UTFPR se prontificaram para atuar como monitores do curso de iniciação digital e o principal argumento dos voluntários é contagiante. A aula inaugural teve direito a apresentação individual - de alunos e monitores, e momentos de emoção. A acadêmica de Engenharia de Produção, Natalia Franco, 28 anos, diz que gosta de ensinar. "Para mim é um momento especial. Antes de minha avó Geni falecer, eu comecei a ensinar a ela a usar o computador. Considero que não seja nada mais justo compartilhar nosso conhecimento."


Vó Geni se foi em 2013 e a missão de Natalia, que veio de São Paulo para estudar em Londrina, prossegue em dividir o que aprendeu. Também estudante de Engenharia de Produção, Mariana Franco, 21 anos, diz que a relação com a avó, que mora em Santo André, sua cidade natal, ficou ainda mais gostosa. "Ensinei minha avó, agora ela tem Facebook e esses dias que veio me visitar disse que o único problema na viagem é que esqueceu o computador em casa. Daí, pediu o meu emprestado." E Mariana liberou o PC para a vó.

Estudante de Química, Eduardo Mantio, 24 anos, acredita que a iniciativa seja louvável: "Esse é um projeto que pode mudar a vida das pessoas para melhor. Não usufruir da tecnologia trava muito a vida da gente e essa é uma oportunidade para reverter esse quadro". Informações sobre novas turmas na Casa da Mulher pelo fone (43) 3378-0111.


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