Seis integrantes do Comitê Olímpico da Irlanda estão proibidos de sair do Brasil por determinação da Justiça por causa do suposto envolvimento em um esquema de venda de ingressos dos Jogos Olímpicos a preços superfaturados, o que caracteriza cambismo. William O’Brien, Joah Delaney, Dermott Heniham, Linda O’Riley, Kevin Kilty e Sthephen Maryim tiveram a apreensão de seus passaportes autorizada pela juíza Letícia D’Aiuto de Moraes Ferreira Michelli, do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos.
Além do comitê irlandês, a investigação também apura o envolvimento das empresas THG e Pro10 Team no esquema.
Segundo a juíza, a proibição de deixar o país foi necessária para evitar que os suspeitos fossem embora após o fim da Rio 2016 "o que prejudicaria gravemente as investigações em curso e traria claro prejuízo à aplicação da lei penal".
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A Polícia Civil do Rio cumpriu os mandados de busca e apreensão nos quartos de hoteis onde os dirigentes estavam hospedados e no escritório do comitê na Vila dos Atletas. Além dos passaportes, foram apreendidos telefones e computadores. O material será usado na investigação sobre a existência de associação criminosa para o cambismo de ingressos da Rio 2016.
Prisão preventiva
O presidente do Comitê Olímpico da Irlanda, Patrick Hickey, foi preso na semana passada e levado para o complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste da cidade. Também são investigados quatro diretores da empresa britânica THG, especializada na hospitalidade de grandes eventos esportivos, e da irlandesa Pro10 Team, autorizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a vender ingressos para a Olimpíada do Rio.