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"Operação Fractal"

Assessor de deputado liderava rede de contrabando no PR

Mariana Franco Ramos - Redação Bonde
25 abr 2013 às 08:40
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A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quarta-feira (25), em cinco municípios do Paraná, 40 mandados de busca e apreensão e 23 de prisão preventiva contra acusados de participar de uma quadrilha especializada em contrabando de cigarros e exploração de jogos de azar. Até o final da tarde de hoje, pelo menos 22 pessoas já tinham sido presas, incluindo oito policiais militares, um investigador da Polícia Civil e um auditor da Receita Federal.

De acordo com o delegado da PF José Alberto de Freitas, coordenador da chamada Operação Fractal, as ações ilegais eram lideradas por Elieuton Mayer, assessor do deputado estadual Waldyr Pugliesi (PMDB), e por oficiais da Polícia Militar (PM) ocupantes de postos chaves. A PF diz, porém, que não há indícios de envolvimento do político no esquema. Um outro assessor parlamentar também chegou a ser detido.

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Das 22 prisões, 13 foram em Curitiba, quatro em Foz do Iguaçu e cinco em Maringá. Ainda foram cumpridas 23 conduções coercitivas – para prestar depoimentos. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, pois, segundo a corporação, as investigações correm em segredo de Justiça.

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As ordens judiciais foram executadas por 250 policiais federais. Houve ações também em Porto Alegre e Canoas, no Rio Grande do Sul, e Laguna e Joinville, em Santa Catarina.

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"As mercadorias vinham do Paraguai, entravam pela fronteira, seja em Foz do Iguaçu ou Guaíra, e percorriam as estradas do Paraná. Policiais faziam a facilitação para que tivessem seu trâmite de maneira tranquila, ou seja, que os veículos que trafegavam não fossem incomodados. E, através de sua influência política, (os integrantes da quadrilha) tentavam promover lotações que interessavam à rede. Quando se sentiam ameaçados pela modificação ou troca de comando, tentavam interferir nas nomeações para perpetuar as práticas delituosas", relatou Freitas.


Medidas - O secretário de Estado da Segurança Pública (Sesp), Cid Vasques, e o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná (PMPR), coronel Roberson Luiz Bondaruk, participaram de uma coletiva de imprensa na sede da PF nesta manhã. Ambos afirmaram que os policiais suspeitos serão investigados e, caso culpados, punidos.

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"Será feita essa depuração. As instituições são formadas por homens, portanto falíveis. Mas a prática do governo é de intolerância com o desvio de conduta. Já instalamos em Londrina e agora vamos instalar em Cascavel, que é região de fronteira, uma corregedoria da PM. A tônica do trabalho é essa", disse Vasques.


"Paralelamente às ações penais, a nossa auditoria irá abrir processos de exclusão, para que esses policiais sejam afastados da frota. Os que são do interior estão sendo trazidos para Curitiba e permanecerão aqui enquanto se processa essa questão. Pretendemos de forma exemplar dar o tratamento que o rigor da lei nos permite", completou Bondaruk.


Investigações - A PF informou que iniciou as investigações em 2010, após representação do Ministério Público Federal (MPF) de Umuarama. Os valores oriundos da corrupção e repassados ao chefe do esquema e seus contatos ultrapassariam centenas de milhares de reais.

A PF disse também que a movimentação possibilitou a obtenção de grande patrimônio por parte dos integrantes da quadrilha. Parte dos imóveis, bem como valores, foi bloqueada por decisão judicial. A investigação segue realizando outras diligências, sob segredo de Justiça. (Atualizado às 17h)


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