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'Você pode mais!'

Campanha mostra violências 'invisíveis' contra a mulher

AEN
25 nov 2017 às 11:12
- AEN
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Ter a opinião desrespeitada, a privacidade no celular invadida ou ser seguida e vigiada também são formas de violência contra a mulher. Para dar visibilidade a essas agressões nem sempre percebidas, a Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social lança neste sábado (25) a campanha "Você pode mais!". Em 1999, a Organização das Nações Unidas instituiu 25 de novembro como o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher.

A secretária estadual da Família, Fernanda Richa, lembra que muitas mulheres só buscam auxílio quando a situação já evoluiu para agressão física, mas a violência começa antes e nas pequenas e sutis atitudes. "Elevar a autoestima da mulher é fundamental para que ela identifique os abusos socialmente invisíveis e consiga mudar sua vida, sem medo, antes de ter sua integridade comprometida", disse a secretária.

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A campanha aborda direitos, autoestima e liberdade das mulheres, mostrando que pequenos gestos ou palavras podem se caracterizar como violência. "As depreciações e humilhações cotidianas, seja por a mulher emitir uma opinião ou mesmo pelas roupas que usa, minam a autoestima feminina. Essa situação já é de violência e pode evoluir para agressões mais sérias", explicou Ana Cláudia Machado, coordenadora estadual da Política da Mulher, na Secretaria da Família.

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Notificações

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De acordo com levantamento feito pela Delegacia da Mulher de Curitiba, 47,16% das ocorrências registradas são de agressão física e 37,65% de agressões psicológicas e morais. "Sabemos que há subnotificação, ou por desconhecimento de direitos ou por medo da mulher em denunciar a violência. A campanha questiona essa cultura que silencia, desvaloriza a mulher e atinge todas as camadas sociais da sociedade, independente da condição financeira", acrescenta Ana Cláudia.


Ainda de acordo com os dados da delegacia, em 76% das queixas as vítimas são mães, mas apenas 11% delas atribuem aos filhos o motivo para continuar com o agressor. As que responderam ter relação afetiva com o agressor somam 60% e 61% não dependem financeiramente dele.

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Apesar de a maioria dos casos ter relação com o companheiro, a campanha não se limita ao contexto doméstico. As situações abordadas podem ocorrer em qualquer ambiente e em qualquer nível de relacionamento com o agressor.


Estratégia

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No filme da campanha, mulheres de vários perfis criam empatia ao explicar que as violências sutis não são normais. Estimula as mulheres a não aceitarem essas situações, sem vitimização, mas com atitude e confiança. Dessa forma, busca-se sensibilizar não só quem sofre violência, mas também a família e a sociedade, incluindo os agressores. "Com a disseminação de informação, formamos uma rede de observação contra a violência, aumentando a proteção à mulher", diz Ana Cláudia.


Os filmes serão divulgados pela televisão por redes sociais para ampliar o alcance da campanha e unir as mulheres na cultura contra a violência. "A internet atravessa fronteiras e as peças produzidas podem ser enviadas por qualquer dispositivo móvel", explicou Ana Cláudia.

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Política


O Paraná estabeleceu o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM), em 2013, com participação paritária do poder público e da sociedade civil. Em seu objetivo, o conselho elabora ou implementa políticas públicas sob a ótica de gênero para garantir a igualdade de oportunidades e de direitos às mulheres em relação aos homens, assegurando o pleno exercício da cidadania.

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No ano seguinte, foi aprovado o Plano Estadual de Políticas Públicas para Mulheres e, em 2015, criada a Coordenação da Política da Mulher, na Secretaria da Família e Desenvolvimento Social. No mesmo ano, começou a funcionar as Unidades Móveis de Atendimento à Mulher do Campo e da Floresta, mais conhecidas como Ônibus Lilás, para levar informações sobre direitos, com assistência jurídica, e serviços para quem vive longe de centros urbanos. Desde então, fez 5.500 atendimentos. Também tem investido constantemente para fortalecer a rede de proteção á mulher com a implantação de delegacias especializadas e outras unidades de atenção ao público feminino.


Denúncias

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Denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone 181. As informações são encaminhadas aos órgãos de proteção para tirar a mulher da situação de violência. Em casos extremos, deve-se ligar para o 190 e chamar a Polícia Militar, que irá intervir pontualmente na ocorrência.


Data

Em 25 de novembro de 1960, as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, as "Las Mariposas", foram mortas a mando do ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana. As três combatiam o regime seus corpos foram encontrados em um precipício, estrangulados, com os ossos quebrados. Em 1999, as irmãs foram homenageadas pela ONU ao darem origem ao Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher.


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