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Habilidade e renda

Com apoio do Emater, artesã paranaense conquista mercado internacional

Redação Bonde com AEN
04 jun 2017 às 09:47
- Arnaldo Alves/ANPr
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Foi entre palha de milho seca que Luzia Kava Seroka encontrou um meio de ganhar um dinheirinho extra para a família. Quando, há 20 anos, fez seu primeiro curso ofertado pelo Instituto Emater, Luzia não imaginava que o hobby se transformaria em profissão e a tornaria uma artesã internacionalmente conhecida. Vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o Emater atua com extensão rural. No caso do artesanato, promove os cursos, organiza visitas técnicas e participação dos artesãos em feiras do setor.

Foi com essas atividades que Luzia se tornou em uma referência do artesanato paranaense. "Tudo, graças a esse apoio", afirma a artesã. Filha de agricultores de Balsa Nova, na Região Metropolitana de Curitiba, Luzia cresceu entre plantações de milho e feijão. A renda familiar era formada basicamente pela lavoura.

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A realidade mudou quando ela aprendeu a dominar as técnicas do artesanato. "Praticamente tudo que tenho em casa foi conquistado com o artesanato", conta. Hoje, produtos como imãs de geladeira, mini presépios, marcadores de livros representam 35% da renda da família – formada por Luzia, o marido Sérgio Luiz e a filha Cristiane. "Até a faculdade da minha filha consegui pagar com a palha de milho", conta a artesã. Os enfeites custam de R$ 4 a R$ 170,00.

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MAIS FÔLEGO - Criado no ano 2000, o projeto de fortalecimento do artesanato rural ganhou fôlego a partir de 2011, quando o Governo do Estado incluiu os produtos produzidos pelos alunos nas feiras de artesanato oficiais do Paraná. De lá para cá, ao menos 60 famílias passaram a complementar a renda com artesanato.

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A coordenadora de extensão rural para o artesanato e turismo rural, Marilda Gadens, explica que o programa é voltado para geração de renda de mulheres da agricultura familiar. "É perceptível um acréscimo de 20% na renda familiar", diz Marilda.


INTERCÂMBIO E FEIRAS - O instituto Emater oferece os cursos gratuitos de acordo com a característica da região. No caso de Balsa Nova, onde o milho se destaca, a escolha foi pela manufatura da palha. Já em São José dos Pinhais, também na RMC, a matéria-prima mais usada é o bambu.

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Além dos cursos, o Emater organiza intercâmbios de artesãos para troca de experiências, workshops e feiras de exposição dos produtos. O principal objetivo é tornar os produtos das paranaenses competitivos para o mercado externo. "Com a colocação do artesanato nas feiras de visibilidade nacional, como a Feiarte e o Salão Paranaense de Turismo, abrimos uma frente de comercialização para os produtos", explica Marilda.


Foi em uma dessas feiras que Luzia fez sua primeira exportação: uma remessa de 60 peças para os Estados Unidos. Depois disso já exportou a países da Europa e, mais, recentemente ao Chile. "Com o novo suporte técnico da Emater me qualifiquei e conquistei o mercado", disse Luzia.

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CURSOS - Os cursos da Emater são periódicos e variam de acordo com a cidade. As prefeituras, parcerias do Emater, divulgam as vagas e inscrevem os candidatos. As aulas são ministradas por artesãos escolhidos pela Governo do Estado. "Alguns deles foram alunos dos cursos de extensão e hoje são professores", explicou Marilda.


É o caso da Luzia, que além de vender as peças ensina a técnica de manejo da palha para outras turmas. "A Emater se tornou uma parceria da vida. Por isso sempre digo: faça os cursos de artesanato e tenha paciência que eles dão retorno", aconselha.

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Arnaldo Alves/ANPr
Arnaldo Alves/ANPr


Artesãos expõem na Feira Internacional de Artesanato


Os produtos criados pelos artesãos paranaenses que participam do projeto de extensão rural do Emater estão expostos na 38° edição da Feira Internacional de Artesanato (Feiarte), que acontece no Expo Barigui em Curitiba. São produtos de 60 artesãos, de seis municípios - Araucária, Balsa Nova, Bocaiuva do sul, Campo Magro, São José dos Pinhais e Quatro Barras e uma associação de artesãos do Litoral. São artesanatos de fibras naturais como madeira, bambu e palha de milho.

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A 38° edição começou no dia 26 de maio e se encerra neste domingo (04.06). Considerada uma das maiores feiras de artesanato do sul do país, a Feiarte reúne peças expositores de mais de 20 países e 15 estados brasileiros. Há artesanato da África do Sul, Argentina, Bolívia, Chile, Índia, Indonésia, Japão, Marrocos, Portugal, Rússia, Turquia, entre outros.


O espaço dos artesãos apoiados pelo Governo do Estado é o único da feira que reúne produtos exclusivamente de artesanato rural. Na Feiarte, além da exposição dos produtos, os artesanatos são comercializados e 100% da verba recebida fica com o criador da peça. "Nós fazemos o papel de estado e oferecemos a estrutura para alavancar as vendas e os contatos", explicou Marilda Gadens, do Emater.

O stand, patrocinado pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) foi organizado pelo Instituto Emater em parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania e Federação dos Artesãos do Paraná.


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