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Em Ponta Grossa

Lei municipal separa veterinária de seu porquinho de estimação

Luís Fernando Wiltemburg - Redação Bonde
09 dez 2017 às 11:58
- Fernanda Mathias/Arquivo Pessoal
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Depois de um ano e um mês de convivência, uma lei municipal de Ponta Grossa (Campos Gerais) fez com que a veterinária Fernanda Mathias se separasse do porquinho de estimação Estiven Bacon, na sexta-feira (8). A legislação, aprovada em 2007, proíbe a criação de suínos na área urbana, mas o vereador George Luiz de Oliveira (PMN), autor do texto, estuda modificá-lo para permitir que suínos possam ser criados como pets.

Fernanda diz que ama animais, mas que sempre teve interesse por bichos de estimação exóticos - além de Estiven Bacon, ela tinha mais dois cachorros, o patinho Salmonela e algumas galinhas. Estiven foi comprado de um criador de São Roque (SP), em novembro do ano passado, por cerca de R$ 2 mil. "Eu me interessei por essa raça 'mini pig' por causa disso", conta a veterinária.

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Fernanda Mathias/Arquivo Pessoal
Fernanda Mathias/Arquivo Pessoal


Com peso médio de 60 quilos, o mini pig é uma raça suína bem menor que os porcos criados para produção - que chegam a pesar 500 quilos e atingir 1 metro de altura - e, por isso, são bons companheiros para casa. Não apresentam odor forte e fazem suas necessidades num único local. O bichinho de Fernanda come ração para coelhos, frutas e verduras.

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Fernanda Mathias/Arquivo Pessoal
Fernanda Mathias/Arquivo Pessoal


Estiven vivia feliz com a família, acompanhando em viagens e brincando no quintal de casa, quando, em 27 de novembro, a Vigilância Sanitária foi averigar uma denúncia de criação de suíno em área urbana, proibida pela lei municipal 9.009/2017. "Eles vieram e se depararam com o Estiven, que é um caso diferente do porco de criação. Apesar de estar acima do peso [tem 90 quilos], ainda é um mini", diz Fernanda.

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Fernanda Mathias/Arquivo Pessoal
Fernanda Mathias/Arquivo Pessoal


A veterinária levou para a Gerência de Controle de Zoonoses de Ponta Grossa toda a documentação referente ao bichinho, como comprovante de aquisição e de vacinação e carta de vizinhos que declaram que o porquinho não incomodava ninguém. "Mas os funcionários ficaram num beco sem saída. Se foi feita a denúncia, eles têm de cumprir a lei", lamenta.


Fernanda Mathias/Arquivo Pessoal
Fernanda Mathias/Arquivo Pessoal


Por causa disso, Estiven voltou para o criadouro, mas a separação não deve ser definitiva. "Esse é o problema das generalizações. O mini pig é um pet, como cachorro ou gato. E, depois que meu caso veio à tona, conheci vários donos de mini pig. A lei precisa ser mudada", defende a veterinária.

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Caso de muito estudo


O vereador George diz que a proibição consta em lei porque, há dez anos, não se falava em criação de mini porcos. "E, realmente, não pode criar porcos na cidade. Eles devem ser criados em granja. Essa é uma excepcionalidade."

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Ele afirma que estuda a lei há cinco dias e que o assunto dividiu a opinião pública na cidade. "O problema é que o mini porco dela é muito grande, o que dificulta as coisas. Tenho reuniões nesta semana para definir se a mudança pode ou não ser benéfica para a maioria. Mas quero ajudar a jovem."


Caso a legislação seja alterada, isso só deve ocorrer no ano que vem, uma vez que a Câmara entra em recesso em dezembro e volta apenas em fevereiro - depois disso, ainda há os prazos legais para os trâmites dentro do Legislativo. Mesmo assim, Fernanda está otimista com essa possibilidade e ainda encontra um lado bom nessa história. "Quando o Estiven voltar, vai estar mais magro e saudável. Ele precisa mesmo perder peso", admite.

(Atualizado às 12:48)


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