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Atlas da Violência

Londrina é a sétima cidade que menos mata jovens no Paraná

Fernanda Circhia - Redação Bonde
05 jun 2017 às 19:38
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Em 2015, Londrina registrou 117 assassinatos de jovens de 15 a 29 anos. Com isso, tornou-se a sétima cidade com mais de 100 mil habitantes que menos matou pessoas dessa faixa etária no Paraná. Já no Brasil, ficou na 102ª posição. Os dados são do Atlas da Violência 2017, divulgado na segunda-feira (5).

O relatório é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que se baseia no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, para analisar a questão dos assassinatos no Brasil.

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A pesquisa traz um ranking com os municípios que têm mais de 100 mil habitantes, segundo a soma das taxas de homicídio e de Mortes Violentas com Causa Indeterminada (MVCI). O posicionamento de cada cidade é determinado por uma proporção entre o número de homicídios e a quantidade de habitantes. Ao todo, são 304 municípios, 20 deles são paranaenses.

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Vulnerabilidade social, explicitada também pelas deficiências na educação básica, ajudam a entender as mortes de jovens no Brasil. "Não se investe adequadamente na educação infantil [a fase mais importante do desenvolvimento humano]. Relega-se à criança e ao jovem em condição de vulnerabilidade social um processo de crescimento pessoal sem a devida supervisão e orientação e uma escola de má qualidade, que não diz respeito aos interesses e valores desses indivíduos", afirmam os estudiosos. "Quando se rebela ou é expulso da escola, faltam motivos para uma aderência e concordância deste aos valores sociais vigentes e sobram incentivos em favor de uma trajetória de delinquência e crime."

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Apesar de estar entre as dez cidades mais pacíficas do Paraná, o coordenador estadual do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Carlos Enrique Santana, considera o índice londrinense muito alto. "A gente precisa ter perspectivas para esses jovens, para evitar que entrem no crime. E o crime é parte integrante dessas mortes. A pessoa vai para o crime e acha o seu fim através da morte."


Santana coloca em dúvida, aliás, os números referentes a Londrina apresentados pelo Atlas da Violência. "No meu entendimento, foram muito mais [mortes de jovens em 2015]. E essas mortes advêm do quê? Brigas de tráfico? Será que são mortos por outros marginais? Acho que essa avaliação deve ser feita de forma aberta, clara. A vida humana vale muito."

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Região de Londrina


Duas cidades da Região Metropolitana de Londrina (RML) também aparecem no ranking: Cambé, com 19 mortes, e Arapongas, com 21. Para Santana, há uma epidemia de mortes de jovens e adolescentes e deveria haver mais atenção em relação a isso. "Falta as autoridades terem condição de lidar com os jovens. O que está faltando é seriedade em relação ao trato com o adolescente em nosso Estado."

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Lista de cidades paranaenses


Veja a lista das 20 cidades paranaenses que aparecem no ranking do Atlas da Violência (da menos violenta para a mais violenta, proporcionalmente à população, em 2015):

1) Maringá: 43 mortes (397.437 habitantes)
2) Umuarama: 15 mortes (108.218 habitantes)
3) Apucarana: 21 mortes (130.430 habitantes)
4) Cambé: 19 mortes (103.822 habitantes)
5) Toledo: 28 mortes (130.077 habitantes)
6) Arapongas: 21 mortes (115.412 habitantes)
7) Londrina: 117 mortes (548.249 habitantes)
8) Ponta Grossa: 72 mortes (337.865 habitantes)
9) Cascavel: 81 mortes (312.778 habitantes)
10) Guarapuava: 51 mortes (178.126 habitantes)
11) Curitiba: 518 mortes (1.879.355 habitantes)
12) Paranaguá: 51 mortes (150.660 habitantes)
13) Pinhais: 44 mortes (127.045 habitantes)
14) Foz do Iguaçu: 109 mortes (263.782 habitantes)
15) Campo Largo: 47 mortes (124.098 habitantes)
16) São José dos Pinhais: 131 mortes (297.895 habitantes)
17) Colombo: 110 mortes (232.432 habitantes)
18) Araucária: 61 mortes (133.428 habitantes)
19) Almirante Tamandaré: 72 mortes (112.870 habitantes)
20) Piraquara: 83 mortes (104.481 habitantes)


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