Mais de 60 detentos da Cadeia Pública de Irati rebelaram-se no início da tarde deste sábado (24), para chamar a atenção das condições em que permanecem presos. A situação foi controlada somente à noite, com apoio da Polícia Militar. Não houve feridos.
Oficiais do pelotão de Choque e da Rotam participaram da operação, assim como os bombeiros, Polícia Federal, Polícia Civil e Guarda Municipal. Parentes dos presos e o advogado Airton José Trento, representando a subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), acompanharam as negociações.
Por volta das 21h, os presos aceitaram o ingresso das equipes da Rotam e do Choque, sem conflitos. "Os detentos foram tranquilos. Por mais que estivessem armados, chegaram a um entendimento. Os presos foram até o solário para passar pelos procedimentos antes de retornar para as celas", afirma Trento.
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Ainda de acordo com ele, os presos queriam "aparentemente, chamar a atenção". "Na semana passada, houve operação padrão e foram apreendidos celulares e serras. Ontem, eles quebraram cadeados, trancas, portas e o sistema de vigilância interno", conta o advogado.
Nas buscas no interior da cadeia, após a rebelião, foram encontrados 37 gramas de maconha, um chip de celular, quatro estoques (arma perfurante de manufatura artesanal) e outros tipos de ferramentas feitas à mão, uma serra para corte de ferro e dois carregadores de celular, além de oito cadeados quebrados.