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Megaoperação com 21 presos

Funcionário de prefeitura ajudou quadrilha de roubo a bancos no Paraná

Aline Machado Parodi - Equipe Folha
22 jan 2016 às 08:45
- Gina Mardones/Grupo Folha
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Uma megaoperação do Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep), com apoio das polícias Civil e Militar, deflagrada na manhã de quinta-feira (21), resultou na prisão de 21 integrantes de uma quadrilha especializada em roubo a bancos. A polícia suspeita que a última ação do grupo tenha sido, na segunda-feira, em Curiúva (Norte Pioneiro), quando após roubo na agência do Banco Itaú, em Curiúva (Norte Pioneiro), os assaltantes colocaram reféns no capô de uma caminhonete e sequestraram um funcionário de madeireira da região.

A polícia suspeita ainda que a quadrilha seja autora de 22 roubos a banco e caixas eletrônicos. Ousada e violenta, usava retroescavadeiras para invadir as agências bancárias. Entre as 21 pessoas presas, está um funcionário da Prefeitura de Ortigueira. Ele é suspeito de operar as retroescavadeiras.

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Um dos líderes do bando, Fabiano de Jesus Ortis, de 27 anos, morreu durante a operação. Ele foi baleado e encaminhado ao hospital em Londrina, mas não resistiu aos ferimentos. Com ele, os policias apreenderam uma metralhadora e uma pistola ponto 40.

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A operação, batizada de "Cangaço", devido a forma como os bandidos agiam, começou na madrugada de ontem e envolveu 240 policiais militares e civis de diferentes unidades. Os policiais se encontraram em Apucarana e, de lá, seguiram para Ortigueira, Telêmaco Borba, Imbaú, Faxinal, Lerroville, Mauá da Serra e Londrina, para cumprir 23 mandados de prisão e outros 44 de busca e apreensão.

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A quadrilha estava sendo investigada desde julho do ano passado, quando assaltou as agências do Banco do Brasil e Sicredi, em Borrazópolis, no Vale do Ivaí. Os ladrões renderam 30 pessoas e fizeram um cordão humano para conseguir escapar. A ação ousada chamou a atenção da cúpula da segurança pública paranaense, que deu início a uma investigação conjunta entre polícias Civil e Militar e Diep.


Segundo o secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, este modelo de ação dos bandidos, que ele chamou de modelo de cangaço, exigiu uma reposta firme para que "este tipo de atuação não se replicasse no Estado".

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De acordo com o balanço da operação, foram apreendidos drogas, armas, carros, pistolas, metralhadoras, munição, farda camuflada, balança de precisão, pistola, uma grande quantidade de cigarro, celulares, pendrive, máscaras, computadores e dinheiro manchado - típico de explosão de caixas eletrônicos.


Os suspeitos são acusados de associação criminosa, roubo, furto, tentativa de homicídio, cárcere privado, porte ilegal de arma de fogo de calibre restrito, receptação, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e contrabando.

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Pelas investigações, o bando está ligado a 17 ações praticadas em 11 cidades paranaenses, sendo que em algumas delas mais de uma agência bancária foi roubada. A estimativa é que a quadrilha tenha roubado quase R$ 4 milhões.


O delegado-geral da Polícia Civil, Julio Cezar dos Reis, enfatizou que a operação foi uma resposta rápida da segurança pública para a sociedade. "Através de várias informações trocadas entre policiais civis e militares, conseguimos identificar e prender mais uma quadrilha especializada em roubo, que vinha aterrorizando os morados do Paraná", frisou Reis.

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SOFISTICADA E ARTICULADA
O modo de agir dos ladrões dificultou a identificação dos envolvidos. "Essa quadrilha é sofisticada. Usavam meios que a polícia não conhecia, por isso houve uma dificuldade um pouco maior de identificar todos os componentes", enfatizou Adão Wagner Loureiro, delegado-chefe do Diep, que coordenou a operação.


A organização criminosa se mostrou muito bem articulada, com várias pessoas desempenhando funções diferentes. "Ações como estas envolvem uma série de atividades periféricas, que tem início com o roubo de veículos que serão utilizados, levantamentos que são feitos nas cidades para verificar qual banco estão instalados, planejamento e execução, aquisição de armas. Enfim, é toda uma ramificação que precisa de pessoas com especializações diferentes no crime", explicou o secretário de Segurança Pública.

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A polícia vai investigar se grupo tem ligações com outras facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC). "Existem indícios de que as lideranças da quadrilha tenham vínculos com facções criminosas, até porque adquirir armamentos para ações como estas demandam recursos financeiros", disse o secretário.


PRISÕES ANTERIORES
O líder da quadrilha, Amaral Ferreira Americano, de 36 anos, morreu em setembro do ano passado, na BR-277, em São José dos Pinhais, após uma troca de tiros com policiais. Ele e outros suspeitos estavam repassando fuzis para integrantes da organização. Dez pessoas foram presas na época.

De acordo com a polícia, Amaral era quem manuseava os explosivos e com a sua morte, o bando diversificou o modo de agir, passando a usar as retroescavadeiras para destruir as fachadas das agências bancárias.


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