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Vilipêndio de cadáver

Mulher que levou homem morto ao banco no RJ permanecerá presa

Yuri Eiras - Folhapress
18 abr 2024 às 18:16
- Reprodução/Repórter Brasil Tarde/TV Brasil
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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro converteu a prisão em flagrante de Erika de Souza Vieira Nunes em preventiva (sem prazo para terminar) após audiência de custódia nesta quinta-feira (18), na Casa de Custódia de Benfica, na zona norte da capital fluminense.

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Erika, 43, foi presa em flagrante pela Polícia Civil na terça por suspeita de vilipêndio de cadáver e furto, após ir a uma agência bancária em Bangu tentar sacar um empréstimo de R$ 17 mil com Paulo Roberto Braga, 68, seu parente.

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Funcionários do banco desconfiaram de que o idoso estava morto, e agentes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) constataram o óbito. Braga estava sentado em uma cadeira de rodas.

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A advogada Ana Carla de Souza Correa, que representa a defesa de Erika, afirmou na saída da audiência de custódia que vai pedir a revogação da prisão.

"Não é porque o caso nos causa estranheza ou clamor social que isso é suficiente para um tratamento diferenciado", afirmou a advogada. "Poderia ter sido aplicado a ela o artigo 318 do Código de Processo Penal por equiparação. Erika tem uma filha especial [com deficiência] e é a guardiã. A filha precisa dos cuidados dela", afirma Correa, citando a norma que estabelece condições para prisão domiciliar de mães ou responsáveis por crianças ou pessoas com deficiência.

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Erika levou Braga duas vezes a um banco logo após ele ter alta hospitalar de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Bangu, na zona oeste do Rio, na segunda-feira (15).

Segundo policiais que atuam no caso, no dia seguinte, ela o levou a outra agência, onde a gerente, após constatar que ele estava apático, acionou o Samu e a polícia.

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Imagens obtidas pela polícia mostram Erika levando Paulo a um banco BMG, em Bangu, na segunda. De acordo com o prontuário médico, ele ficou dependente de oxigênio entro os dias 8 e 15 deste mês.

No dia em que teve alta, de acordo com o prontuário, "o paciente estava taquicárdico, com frequência cardíaca de 97 batimentos por minuto, saturação de oxigênio no sangue periférico de 95%, disártrico e com dificuldade para deglutir", segundo informações do laudo pericial do IML (Instituto Médico Legal).

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Mesmo assim, Erika tentou sacar o dinheiro do empréstimo que havia sido contratado no dia 25 de março, por meio do celular. Era necessário que Paulo fosse até uma agência pessoalmente para retirar a quantia ou solicitar a transferência para uma conta nominal.

Imagens de uma câmera de segurança mostram o idoso entrando na agência em uma cadeira de rodas e gesticulando com certa dificuldade. Não há informações sobre a razão da falta de concretização do empréstimo. Procurado, o BMG não quis se manifestar.

Como não conseguiu retirar o valor, Erika saiu com o idoso novamente na terça. Nesse dia, um mototaxista a ajudou a retirar Paulo de casa e colocá-lo no carro de aplicativo para ir à agência bancária em Bangu. Em depoimento à polícia, ele afirmou que o idoso estava debilitado, mas "respirava e tinha força nas mãos".

O laudo do IML aponta que Paulo morreu entre as 11h30 e as 14h de terça. Assim, não é possível afirmar se ele morreu antes de entrar na agência bancária para onde foi levado ou se o óbito ocorreu quando já estava no local.

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