Assustados com os casos cada vez mais frequentes de furtos e roubos, moradores do distrito da Warta, zona norte de Londrina, pediram uma reunião com o comando da 4ª Companhia Independente da Polícia Militar, responsável pelo patrulhamento na área. A cobrança surtiu efeito. Desde o final de julho, uma viatura foi deslocada para a região.
Segundo o comandante da 4ª Cia, major Nelson Villa Júnior, os policiais cumprem turno de 12 horas. O veículo disponibilizado é uma Land Rover, ideal para trafegar em estradas rurais. "A Warta registra pouquíssimos crimes. São ocorrências isoladas, mas sempre envolvendo o patrimônio", esclareceu. "Todos precisam de segurança pública de qualidade. Vislumbramos essa necessidade no distrito. Até agora, os resultados são satisfatórios", pontuou Villa.
Dono de um restaurante, Rinaldo Alves Pinheiro, uma das lideranças do local, relembra os dias de insegurança. "Há poucos meses, fui assaltado a uma hora da tarde. Os criminosos entraram no meu estabelecimento e botaram todos os clientes e funcionários no chão. Foi terrível", disse.
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Segundo ele, a Warta vira opção para a bandidagem "porque qualquer estrada dá acesso para cidades da região, como Sertanópolis e Bela Vista do Paraíso. Fica mais fácil deles fugirem", explicou. No entanto, o empresário adiantou que a comunidade quer o patrulhamento 24 horas. "É melhor prevenir do que remediar. Tiro o exemplo do assalto que sofri. Até você ligar pra polícia e explicar o que aconteceu, os bandidos 'deram no pé", afirmou.
Nos próximos dias, os moradores devem pedir à Prefeitura de Londrina a cessão do imóvel que abrigava a antiga delegacia do distrito. ''A ideia é transformar o espaço em uma base para que os policiais façam refeições e tomem uma água. Vamos trabalhar para isso", argumentou Pinheiro.
Questionado, Nelson Villa vê a sugestão da comunidade da Warta com otimismo. Sobre o policiamento ininterrupto, o major afirmou que "o benefício da presença fixa da PM já foi concedido. À medida que formos equacionando tudo, vamos aplicar o patrulhamento 24 horas", garantiu à FOLHA.