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Londrina

PMs suspeitos de matar carroceiro são soltos e defesa ataca Ministério Público

Luís Fernando Wiltemburg - Redação Bonde
21 jul 2017 às 11:49
- Saulo Ohara/Grupo Folha
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A defesa de quatro policiais militares acusados da morte do carroceiro Pedro de Melo Domingos contestou nesta sexta-feira (21) os motivos que levaram à prisão preventiva deles no fim de junho. Eles foram soltos por força de habeas corpus concedidos pelo Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná na quinta-feira (20). O advogado Claudio Dalledone Júnior diz que a última testemunha arrolada para o caso, um adolescente, não sofreu intimidação, conforme entenderam os magistrados, e que o Ministério Público (MP) exerce uma "saga acusatória" contra seus clientes. A morte do carroceiro aconteceu em Londrina em março do ano passado.

A defesa dos policiais concedeu entrevista coletiva, em um hotel no centro de Londrina. O evento atraiu dezenas de militares à paisana, mas trajando vestes alusivas ao serviço. Além de Dalledone, o advogado Eduardo Miléo, que cuida do processo administrativo a que respondem na corporação, participou da entrevista. Os PMs João Paulo Roesner, Jefferson José de Oliveira, Julio Cesar da Silva e Thiago Morales também estavam presentes, mas não deram declarações à imprensa.

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Segundo a Polícia Militar (PM), o carroceiro morreu em 12 de março do ano passado durante confronto em uma estrada rural nos fundos do jardim Paris, que liga a zona norte ao distrito da Warta. O Ministério Público (MP) entende que o rapaz foi executado.

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Em 27 de junho, Roesner, Oliveira, Silva e Morales foram presos por determinação da juíza da 1ª Vara Criminal de Londrina, Elizabeth Khater, a pedido da 11ª Promotoria de Justiça de Londrina. O pedido fundamentou-se no temor de que pudesse haver ameaça ou coação contra a nova testemunha do caso. Eles já haviam sido presos anteriormente, mas também soltos pelo TJ.

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Os habeas corpus concedidos estão sob segredo de Justiça, uma vez que envolvem testemunha adolescente. Segundo a defesa, os desembargadores acataram a argumentação de que não houve qualquer intimidação e que o receio de que pudesse acontecer não justificava a segregação dos acusados.


Na coletiva, Dalledone criticou a nova testemunha. "engendrada um ano depois" para levar a uma "prisão ilegal". "O que este promotor está querendo é fazer uma opinião publicada, para criar um clamor público para que esses policiais sejam presos."

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O advogado também disse que Domingos era um criminoso que, no momento em que foi baleado, "estava em flagrante delito e atirou na polícia". Ainda de acordo com ele, exames periciais e testemunhas confirmariam que a arma era mesmo de Domingos, e não trazida pela PM.


O promotor do caso, Ricardo Alves Domingues, afirma que o habeas corpus não entra no mérito do processo, atendo-se à necessidade ou não da prisão, e que as declarações da defesa são "apenas retóricas". Ele também defendeu a necessidade da manutenção da prisão. "A decisão do TJ contrariou parecer do Procurador-Geral de Justiça, nosso representante máximo."

Ainda de acordo com Domingues, os laudos processuais, os testemunhos e a uma interceptação telefônica provam que a arma foi plantada por PMs na cena do crime, conforme consta na denúncia.


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