Nunca resistir. Esse é o conselho da Polícia Militar quando o assunto é roubo de carros. De acordo com o porta-voz do 5o Batalhão, casos de furtos e assaltos são registrados diariamente em Londrina. O Toyota Corolla, que foi um dia o veículo preferido da bandidagem, hoje pode até passar despercebido. Segundo a PM. os principais alvos são as caminhonetas (todos os modelos) e o Hyundai HB20. Se você tem (ou não) uma dessas máquinas, preste atenção nas dicas do tenente Emerson Castro e não seja a próxima vítima.

"Jamais reagir ao assalto. Outro bem móvel pode ser recuperado, porém a vida é insubstituível", aconselha o oficial. "Atendemos casos de roubo (mediante violência ou grave ameaça) diariamente nas ruas de Londrina. Hoje os veículos mais roubados são o Hyundai HB20 e as caminhonetes", relata. Um deles na quarta-feira (6), quando o motorista de um HB20 foi surpreendido por um ladrão entre as ruas Espírito Santo e São Paulo, centro de Londrina. Porém o carro foi recuperado minutos depois pela Polícia Militar na avenida Tiradentes, após a comunicação da vítima pelo telefone 190. Com uma arma de brinquedo, o suspeito de 33 anos foi preso.

"A orientação é manter a calma e a tranquilidade, não fazer qualquer movimento brusco, principalmente com as mãos. A vitima deve se manter em silêncio e observar os detalhes do criminoso, como o físico, a roupa do ladrão e do suposto veículo usado na ação", acrescenta.
Após o estresse que envolve a ação criminosa, a rápida ligação ao 190 pode levar a polícia a recuperar o veículo em minutos. "Depois que os bandidos deixarem o local, a vítima deve acionar a PM. Repassando a placa e outras características do veículo: cor, rodas e outros acessórios que podem ajudar os policiais a encontrá-lo. Essa comunicação é muito importante, pois as equipes podem encontrar o carro nas proximidades do local do roubo", explica Castro.

Equipamentos de segurança

Além do comportamento no momento do roubo, o tenente Emerson Castro destaca a importância de reforçar a proteção de veículos e ocupantes com a instalação de equipamentos de segurança. "Entre eles o rastreador veicular, o alarme e as chaves ou códigos que bloqueiam o combustível após o proprietário se afastar do veículo", explica. "O insulfilm (película escura sobre os vidros) também atrapalha o bandido olhar os objetos dentro do veículo. Ressalto que a pessoa deve evitar parar nos semáforos durante a noite. O motorista pode diminuir a velocidade, esperar a abertura do sinal em movimento", complementa.

A reportagem solicitou informações isoladas de furtos (subtrair sem violência), roubos e recuperação de veículos em Londrina nos últimos meses. A Sesp (Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária) divulgou que seria necessário fazer uma solicitação específica, que levaria cerca de 20 a 30 dias para ser produzida. "Ressaltamos que as informações são divulgadas por Áreas Integradas de Segurança Pública. Londrina pertence à 20ª Área Integrada de Segurança Pública, cuja sede é o próprio município e engloba também os municípios de Cambé, Ibiporã, Jataizinho e Tamarana", informou.

Chaves

Castro fala também das chaves com código. Elas estão substituindo os tipos antigos, que possuem apenas um simples segredo mecânico, esculpido no metal. Moacir Rocha, proprietário da Chavelon Chaves, esclarece que as novas chaves codificadas evitam até 90% dos furtos. Elas podem ser adquiridas nos chaveiros e custam a partir de R$ 180. Já o preço em média da chave comum é de R$ 30, conta Rocha.

"A chave codificada é item essencial para evitar os furtos, mas os criminosos buscam superar todos os obstáculos para concluir a ação. A codificada evita o furto, mas não o roubo. Assim os bandidos podem render o proprietário e agir com ameaça ou violência", alerta o tenente Emerson Castro.