Internado desde o fim da semana passada, o vereador Emerson Petriv (PR), o Boca Aberta, teve alta na segunda-feira (2) e promete comparecer na quarta-feira (4) ao aguardado depoimento à Comissão Processante (CP) que o investiga na Câmara Municipal de Londrina (CML). A apuração é sobre uma suposta quebra de decoro por pedir dinheiro nas redes sociais para pagar multa eleitoral. Ainda de repouso na manhã desta terça-feira (3), Boca Aberta afirmou que também vai à sessão legislativa no período vespertino.
O depoimento do vereador à CP tornou-se uma saga que dura, pelo menos, duas semanas - o próprio Boca Aberta compara a comissão a uma "novela mexicana". Não ouvido durante os trabalhos da comissão, o parlamentar obteve na Justiça uma liminar que suspendeu a sessão que decidiria se cassava ou não o seu mandato e obrigava o grupo à frente da investigação a interrogá-lo.
Ele, então, foi notificado para depor no dia 27 de setembro, mas apresentou atestado médico e ausentou-se. Mesmo assim, voltou à Câmara para votar contra a revisão da planta de valores na quinta-feira (28), enquanto ainda valia o atestado, e internou-se novamente em seguida - fotos do vereador deitado em uma maca foram divulgadas via Whatsapp.
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Assim, nova sessão de interrogatório marcada para sábado (30) de manhã foi suspensa e a CP abriu plantão para que ele se apresente quando estiver em condições. Boca Aberta afirmou ter sido diagnosticado com forte hipertensão, dor de cabeça e ansiedade.
O vereador reclamou que seus atestados são desacreditados. "Na semana passada, quando apresentei o atestado, a Câmara peticionou ao juiz [Marcos José Vieira], dizendo que o documento era 'xing ling' [falso]. O juiz decidiu que, se tem irregularidade, que [a CP] contrate uma junta medica e faça perícia no atestado."