Em votação apertada, a Câmara Municipal de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina) optou por rejeitar a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar supostas irreguaridades na eleição da Mesa Diretora do Legislativo. O pedido foi protocolado pelo vereador Reginaldo Silva (SD), que iniciou a sessão desta segunda-feira (24) com um discurso forte. "Se a Câmara quiser ser forte e não aceitar esse tipo de desmando, ela vai aceitar o meu requerimento". Porém, a solicitação do parlamentar foi descartada por cinco votos a quatro.
Alex Santana (PSD), João Ardigo (PSB), Rodrigo da Costa Teodoro (SD) e o autor da sugestão, Reginaldo Silva, votaram a favor. Já os vereadores André Francisco Mariano Cardoso (PSC), Edileine Antônia Griggio (PSC), Irineu Moreno de Paula (PSDB), João Salvador dos Santos (PSC) e Maria do Carmo Campiolo (PSDB) não quiseram que a CEI fosse aberta. Com isso, a denúncia feita por Silva foi arquivada.
Depois do resultado da votação, Reginaldo Silva ainda pediu uma consulta à Procuradoria Jurídica. O presidente da Câmara de Rolândia, Eugênio Serpeloni (PSD), lembrou que, conforme o Regimento Interno, a maioria simples decide pela criação da CEI, o que não ocorreu. Silva tentou se manifestar mais uma vez, mas foi interrompido por Serpeloni.
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O caso veio à tona depois da divulgação, através de um programa de rádio comandado pelo jornalista Guilherme Spanguemberg, das gravações de uma reunião realizada entre os vereadores antes da escolha do novo presidente da Câmara. Segundo o Ministério Público, que já está em posse do áudio, houve distribuição de cargos entre o atual prefeito de Rolândia, Luiz Francisconi, para composição da chapa de Eugênio Serpeloni. Todos os parlamentares envolvidos já foram ouvidos pela promotora Lucimara Ferro.