Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Favorável ao impeachment

Cassado em 1992, Fernando Collor diz que impeachment não é golpe; assista

Agência Brasil
30 ago 2016 às 21:43
- Reprodução
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Primeiro presidente na história do país a sofrer um impeachment, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) subiu nesta terça-feira (30) à tribuna do Senado para declarar que votará favorável ao impedimento da presidente afastada Dilma Rousseff.

Ao embasar seu voto, o ex-presidente aproveitou para provocar movimentos que, em 1992, pediram a sua condenação e hoje defendem o governo petista. "Faço minhas, hoje, as palavras de dois documentos daquele período", disse, citando primeiro uma nota assinada em 1º de julho de 1992, por várias entidades, entre elas Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), CGT, União Nacional dos Estudantes (UNE) e Inesc.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


"O primeiro [documento] diz: 'a constatação de que a crise que abala a nação não é, como se pretende insinuar, nem fantasiosa, nem orquestrada, porém, originada do próprio Poder Executivo, que se torna, assim, o único responsável pela ingovernabilidade que ele mesmo criou e que tenta transferir para outros setores da sociedade'. Como disse, faço minhas, hoje, as palavras acima", disse Collor.

Leia mais:

Imagem de destaque
"Foi um grande presidente"

Moraes diz que Temer sofreu injustiças, mas que 'não apagaram o sucesso do seu governo'

Imagem de destaque
Perdeu recurso

Xuxa é condenada a pagar R$ 31 mil a Carla Zambelli

Imagem de destaque
Saiba mais

Advogado de Moro critica voto de juiz por incluir segurança em gastos de pré-campanha

Imagem de destaque
É apoiada por Belinati

Pré-candidata à Prefeitura de Londrina, Maria Tereza pretende buscar avanços na gestão municipal


Em seguida, o senador citou outra nota, também da época de seu impeachment, assinada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que diz: "O país não vive, como alardeiam setores mais radicais, qualquer clima de golpe até porque a nação não suporta mais tal prática. O que o povo brasileiro deseja, e tem manifestado seguidamente, é a decência e a firmeza traduzidas na transparência e probidade no trato da coisa pública".

Publicidade


No discurso, Collor lembrou detalhes do processo que sofreu em 1992, que culminou na sua condenação pelo Parlamento e afastamento da política por 14 anos – embora tenha sido absolvido posteriormente dos crimes pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


Para ele, o que ocorreu há 24 anos foi uma injustiça, diferentemente do que ocorre hoje no Brasil. Na opinião dele, a presidente Dilma Rousseff infringiu a lei e provocou a própria derrocada. "Hoje, a situação é completamente diversa. Além de infração às normas orçamentárias e fiscais com textual previsão na Constituição como crime de responsabilidade, o governo afastado transformou sua gestão numa tragédia anunciada. É o desfecho típico de governo que faz da cegueira econômica o seu calvário e da surdez política, o seu cadafalso", afirmou.

Publicidade


O ex-presidente também rechaçou a ideia de que o que está ocorrendo no país seja um golpe institucional. Na opinião dele, o impeachment "é o remédio constitucional de urgência no presidencialismo quando o governo, além de cometer crime de responsabilidade, perde as rédeas do comando político e da direção econômica do país".


Confira o vídeo:


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade