Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Impeachment

Depoimento de Dilma deve ser encerrado às 23h, prevê Lewandowski

Agência Brasil
29 ago 2016 às 19:33
- Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O interrogatório da presidente afastada Dilma Rousseff no julgamento do impeachment deve terminar nesta segunda-feira (29) por volta das 23h. A previsão é do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF e do julgamento, ministro Ricardo Lewandowski, com base no ritmo da sessão.

Dilma já foi questionada por 19 senadores e ainda as perguntas de 31 inscritos. Cada senador tem direito a cinco minutos para os questionamentos, enquanto a presidente tem usado mais de cinco minutos para as respostas. Com isso, a estimativa é que sejam necessárias no mínimo mais seis horas para o interrogatório e mais uma hora de intervalo, previsto para ocorrer entre 18h e 19h.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Gráficos

Leia mais:

Imagem de destaque
Saiba mais

Justiça libera imóveis e carros de Palocci bloqueados na Lava Jato

Imagem de destaque
Abril de 2025

Lula adia pela 3ª vez retomada de exigência de visto para EUA, Canadá e Austrália

Imagem de destaque
Nova proposta

Câmara enterra PL das Fake News e rediscutirá texto do zero após caso Musk

Imagem de destaque
Vai voltar

Câmara aprova projeto que recria DPVAT


Em suas respostas, Dilma tem se esforçado para desmontar a tese da acusação de que ela tenha praticado uma forma de "estelionato eleitoral" em 2014, quando teria ocultado a verdadeira situação das contas públicas durante a campanha eleitoral para ganhar votos.

Publicidade


A presidente apresentou gráficos e dados que demonstram que a crise econômica mundial se deteriorou a partir de outubro de 2014, piorando ainda mais em janeiro de 2015. Segundo ela, o preço do petróleo caiu e o dólar subiu em relação a todas as moedas do mundo, o que provocou impacto também sobre o real.


Ainda de acordo com a presidente, não era possível ao governo prever esse agravamento. "Eu não menti no processo eleitoral", garantiu Dilma ao senador Magno Malta (PR-ES). "Ninguém sabia que teríamos uma queda de mais de US$40 [no barril de petróleo] nesse processo iniciado em outubro, durante a eleição, mas que fica intenso no início de 2015. Nós não controlamos, nem nós nem ninguém controla, a política do Banco Central americano, nem do governo americano", completou.

Publicidade


Dilma também voltou a responsabilizar o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pelo processo que está sofrendo. Ao ouvir do líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB) que o processo nasceu nas ruas e não na Câmara a presidente retrucou.


"Estou dizendo que é um golpe parlamentar. Não concordo que o processo veio das ruas de forma espontânea. Tratava-se de uma chantagem explícita do senhor Eduardo Cunha", afirmou.

Publicidade


Durante todo o depoimento, a presidente exemplificou situações em que seu governo teria sido sabotado na Câmara. Segundo ela, as chamadas pautas-bombas e a falta de funcionamento das comissões permanentes da Casa foram formas utilizadas para prejudicar o funcionamento do governo e propiciar o processo de impeachment.


"Deve ser também ressaltado que a busca de reequilíbrio fiscal desde 2015 encontrou forte resistência na Câmara dos Deputados, à época presidida pelo deputado Eduardo Cunha. Os projetos enviados pelo governo foram rejeitados parcial ou integralmente, pautas-bombas foram apresentadas e algumas aprovadas. As comissões permanentes da Câmara, em 2016, só funcionaram a partir do dia 5 de maio, ou seja, uma semana antes da aceitação do processo de impeachment pela comissão do Senado", acrescentou Dilma.

Publicidade


Script


Apesar do esforço de Dilma para mostrar que foi vítima de um complô contra seu governo, o líder tucano a acusou de fugir das respostas objetivas sobre os crimes de responsabilidade que estão em pauta. Para Cunha Lima, a presidente compareceu ao Senado com um script pronto para todas as perguntas.

"O que estamos vendo aqui hoje é um espetáculo político e não uma defesa. Com a máxima vênia, vossa excelência não responde às perguntas. Tem um script pronto. Tanto faz se a pergunta é sobre pedaladas fiscais ou sobre decretos, a resposta é a mesma. E creia que justificativas e desculpas em torno de crises internacionais – que foram chamadas no passado de marolinhas – não funcionam como defesa", concluiu o líder.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade