Criticado por sindicatos, o vereador Filipe Barros (PRB) entregou, no início da tarde da última segunda-feira (14), as alegações finais à Comissão de Ética da Câmara Municipal no processo movido contra ele. Em maio, o parlamentar foi denunciado por ter xingado, durante ato da greve geral do dia 28 de abril, manifestantes que se aglomeraram na Avenida Leste Oeste, centro de Londrina, de "vagabundos".
Agora, o Legislativo tem até 22 de agosto para concluir o relatório que vai indicar a sanção imposta. Segundo o presidente da Comissão de Ética, vereador Gérson Araújo (PSDB), o caso de Barros, desde o início, é apurado com base no artigo 8 do regimento interno da Câmara, que não prevê cassação.
Na defesa, o vereador do PRB alegou que, ao proferir as ofensas, "não indicou o nome de qualquer profissional". Por isso, classificou como "genérica" a nota despachada pelos sindicalistas sobre o episódio. Barros ainda salientou que "manifestou-se como cidadão, pois mantinha a mesma postura anterior ao mandato".
Leia mais:
Deltan Dallagnol é vaiado nos EUA ao defender religião na política
Líder da Oposição, Filipe Barros afirma que governo está no seu ‘pior momento’
Pré-candidatos a prefeito disputam espaço na ExpoLondrina com presença do governador
Lula diz que Brasil 'não precisa de inteligência artificial', mas terá plano próprio para a tecnologia
Apesar do impasse, o parlamentar frisou "que reconheceu a impropriedade desses comentários e pediu desculpas publicamente, o que, até mesmo no campo jurídico, tem o condão de isentar o réu de qualquer pena". A reportagem não conseguiu contato com o porta-voz do Coletivo de Sindicatos, Sandro Adão Runkhel.