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Sofrerá censura escrita

Insatisfeito com sanção, coletivo de sindicatos vai insistir que plenário analise caso Filipe Barros

Luís Fernando Wiltemburg - Redação Bonde
22 ago 2017 às 10:48
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O Coletivo de Sindicatos vai tentar anular a decisão da Câmara Municipal de Londrina de punir com censura escrita o vereador Filipe Barros (PRB), como resultado à representação contra ele por ter xingado de vagabundos os manifestantes que aderiram à greve geral do dia 28 de maio deste ano. Para o coletivo, a decisão de encaminhar a denúncia para a Comissão de Ética não atende ao pedido formulado, que pretendia a submissão do caso para apreciação em plenário.

Representantes dos sindicatos subscritores da denúncia se reuniram na manhã desta terça-feira (22) para decidir quais medidas devem tomar em resposta à punição que será aplicada ao parlamentar, divulgada na tarde desta segunda (21). O relator do caso na Comissão de Ética, Jamil Janene (PP), chegou a sugerir a absolvição do vereador - que figura em vídeo gravado por sua equipe e divulgada por ele mesmo chamando manifestantes de vagabundos e incentivando a violência e "bullying" contra sindicalistas. O relatório, entretanto, foi rejeitado pelos outros membros.

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Veja o vídeo:


Segundo o porta-voz do coletivo, Sandro Runkel, a representação foi formulada com base no artigo 9º do Código de Ética e Decoro Parlamentar da CML, que versa sobre as condutas incompatíveis com a vereança. O mesmo documento prevê que os comportamentos enquadrados no artigo nono sejam punidos com a perda do mandado, desde que a decisão seja ratificada em plenário, após o devido processo de cassação. "A conduta dele é um procedimento, porque ele planejou a gravação, foi às ruas, filmou, divertiu-se com isso e publicou nas redes sociais. É diferente de um ato, que é uma atitude tomada de impulso", diz Runkel.

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A representação foi analisada sob a perspectiva do artigo 8º do Código de Ética, que versa sobre os atos atentatórios à conduta parlamentar e prevê punições que vão de censura verbal ou escrita até a suspensão das prerrogativas regimentais ou do exercício do mandato temporariamente. Neste caso, a punição é decidida pelos próprios membros da comissão. "Três vereadores apenas não podiam decidir um caso grave deste, mas apenas o plenário, pela maioria qualificada. Essa decisão é nula de pleno direito porque não foram observados os fundamentos da denúncia. Mas vamos esgotar todas as vias administrativas até que se chegue ao procedimento correto", afirma Runkel.

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Além da tentativa de anular a decisão da Comissão de Ética, o coletivo vai promover manifestações públicas para informar o londrinense sobre a decisão da Câmara de Londrina. Neste sábado (26), haverá panfletagem no Calçadão para expor à população o ocorrido e chamar para a manifestação prevista para o dia 30 de agosto, em ato conjunto com a APP-Sindicato. Neste dia, os professores recordam a repressão do então governador Alvaro Dias (hoje senador pelo Podemos) à greve da categoria, em 1988, colocando a cavalaria da Polícia Militar contra manifestantes.


Procurado em seu gabinete, a equipe do vereador afirmou que ele não vai se pronunciar sobre o caso.

O Bonde aguarda posicionamento da CML sobre a condução da representação do coletivo no Legislativo.


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