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A COPA DAS CONFEDERAÇÕES E O JEITINHO BRASILEIRO-A arte de ganhar e de perder.

13 jul 2014 às 21:41
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"Uma das lições mais tristes da história é essa: Se fomos enganados por um longo tempo, tendemos a rejeitar qualquer evidência do engano. Nós não mais estamos interessados em encontrar a verdade. O engano nos capturou. É simplesmente muito doloroso reconhecer, até para nós mesmos, que fomos tomados. Uma vez que você concede a um charlatão poder sobre você, você quase nunca o recupera." CARL SAGAN.

O racionalismo é a corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. Este método usa uma ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável.

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Esta doutrina filosófica, criticada por Jung, fica na base do planejamento da organização econômica e espacial da reprodução social.

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ALGUMAS RELAÇÕES/OUTRAS RALAÇÕES


O método aceito e utilizado por Jung é que toda evidencia deve ser empírica, ou melhor, depende da comprovação feita pelos sentidos. De modo que, um resultado empírico, é uma observação experimental.

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Em seus estudos, Jung estabeleceu quatro funções da psique: (a) pensamento e (b) sentimento, que são funções racionais e usadas para fazer julgamentos; (c) sensação e (d) intuição, funções irracionais e usadas para nas percepções.


Ao analisar a civilização ocidental, Jung conclui que ela está mal das pernas, porque se utiliza muito da função pensamento em detrimento das demais funções psíquicas, originando assim, uma má formação.

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As funções racionais (a e b) além de serem opostas entre si são opostas às funções irracionais (c e d). Daí, Jung utiliza o conceito da união dos opostos. E para que ocorra tal união, os instintos não podem ganhar e nem perder, bem como a razão.


O raciocínio passa a aplicar, em sua hipótese e ou julgamento, não apenas a lógica racional como também sua sensibilidade instintual dada pela sensação e intuição.

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Acaso a razão ganhe, temos a doença da razão. Base de muitas doenças psíquicas graves de nosso tempo. Se acaso os instintos vencem temos uma desmesura, um acometimento emocional desproporcional ao fato que, aparentemente, o causou. Alguém esbarra no copo que cai e se quebra, este pode ser o estopim para uma explosão irada. Ser traído pode ser o estímulo irracional para matar. Perder no jogo de futebol provoca uma catarse chorosa, mil lamentos, sofrimento incomensurável e até mesmo a ira que lança suas chamas na bandeira nacional em pleno estádio de futebol.


Permanecer instintual, sem o uso do raciocínio, é uma prática primária. Algo que acontecia nos primórdios da civilização humana, característica de uma organização social tribal e narcísica, preconceituosa, dada às diversas fantasias e intolerante às diferenças.

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Vimos nessa Copa das Confederações, os brasileiros vaiando o hino nacional dos chilenos; assistimos a um comercial da cerveja Skoll mandando para os ares os argentinos (1 - vídeo anexo a este texto); todo um povo lamentando de modo completamente sentimental o fato de um jogador, o Neymar, ter se contundido num dos jogos; depois, em cadeia mundial o choro do jogador David dizendo que só queria dar uma alegria ao povo brasileiro. Essa fala denota o depósito da expectativa de vitória tão somente na crença e esperança, ora, personalidade vitoriosa é uma construção baseada em estudos, planejamentos, treinamentos, aquisição de conhecimento diversificado, muita saúde e disposição para ganhar ou perder.


O prestigiado "jeitinho brasileiro" promove a improvisação. Usar de improviso não é fazer arte. A arte é uma composição entre sentimento, pensamento, intuição e sensação. A improvisação é apenas uma resposta irracional baseada na intuição e sensação. Pode ser interessante e necessária, mas para construir uma nação ganhadora somente isso não basta.

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Enquanto estivermos nos orgulhando do "jeitinho brasileiro" não vamos alçar a nova escala de desenvolvimento emocional e psicológico que necessita de educação e saúde, de esforço pessoal, esforço coletivo, treino, dedicação, e principalmente muita, muita curiosidade para vislumbrar, conhecer e ter a capacidade de acolher novos mundos e formas de existências. Abandonando, deixando para trás, o primário comportamento tribal narcísico.


"Um fato maravilhoso para refletir: Toda criatura humana constitui profundo segredo e mistério para todas as outras." CHARLES DICKENS.

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Os olhos dos brasileiros, e parece que do mundo, se voltam para o tetra campeonato da Alemanha. Não faltam comparações e nem comportamento rude até mesmo da maior liderança do Brasil que se recusou a comparecer na festa de encerramento da copa que aconteceu antes de irem ao estádio do Maracanã. (2-link anexo a este texto.)


Já que estamos de olho em nosso grande rival de campo, porque não aproveitarmos para buscar nos assemelhar as suas conquistas junto a educação, a saúde e a energia sustentável afora seus 109 prêmios Nobel demonstrando seu incentivo e preocupação com Ciência.


A rudeza é própria de um estado primário de consciência. Os jogos acontecem para testar limites e aprimorar a capacidade do organismo da espécie humana. Podíamos ter perdido com mais graciosidade se utilizássemos da consciência política e social de que somos um só povo sobre esse planeta.


Links:
1 - (https://www.youtube.com/watch?v=DLsdy1mR9l8)
2 - http://new.d24am.com/esportes/copa-2014/dilma-comparece-festa-encerramento-causa-estar/115807.

Sonia Regina Lunardon Vaz
Psicóloga Analítica Junguiana e
Psicoterapeuta Corporal Godelieve Struyf-Denys
Contato: 043-99570843


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