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PARTICIPAÇÃO MÍSTICA a gente vê no "VEM PRA RUA"

11 jul 2013 às 14:56
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É surpreendente ver e participar da nossa história e, de fato, ir pra rua, como gritam os manifestantes e perceber o sentimento mútuo e comovente que atravessa todos os manifestantes.

É um fato feliz sentir caminhar pelas ruas de uma cidade e sentir que cada passo é reproduzido em todo território nacional. Por outro lado, o sentimento de indignação e de que se está fazendo uma ação em prol da justiça para com o povo que somos nós, também é de comoção geral que ganhou tanta força que desbravou fronteiras recebendo apoio de outros países e po- vos internacionais.

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Nota-se que o manifesto nacional possui um caráter instintivo, posto que não se realiza de modo apolíneo, antes muito mais dionisíaco. Não existe uma ordem cartesiana, existe sim uma vontade, um desejo mútuo pelo fim da corrupção e suas consequências em todas as áreas básicas da sociedade, como moradia, educação e saúde.

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ALGUMAS RELAÇÕES/OUTRAS RALAÇÕES


Esse sentimento de união que transcende a razão e ganha traços instintivos de uma só tribo, é chamado participação mística na psicologia analítica de Jung.

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No capítulo das definições em Tipos Psicológicos encontramos que "Participation mystique" trata-se de um termo que Jung pegou emprestado do antropólogo Lucien Lévy-Bruhl para designar "uma espécie singular de vinculação psicológica com o objeto" que, segundo a crença dos antropólogos da época, caracterizaria o homem primitivo:


"Consiste em que o sujeito não consegue distinguir-se claramente do objeto, mas com ele está ligado por relação direta que poderíamos chamar identidade parcial. Esta identidade se baseia numa unicidade apriorística de objeto e sujeito. A participação mística é, portanto, um resíduo desse estado primitivo."

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Em seu livro A Interpretação de sonhos (1900),Freud definiu dois modos de funcionamento do aparelho psíquico: um que produz os pensamentos oníricos "racionais", semelhantes ao pensamento normal; e outro que corresponde ao tratamento dado a esses pensamentos, o qual é desconcertante e "irracional".


Os processos primários são o modo de funcionamento do sistema inconsciente e os processos secundários referem-se aos sistemas consciente e pré-consciente.

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O processo secundário inclui o raciocínio, a critica racional e despudorada que esvazia da ideia sua conotação mágica e transcendental.


É devido a esse conceito de funcionamento do aparelho psíquico e a essas duas formas de pensamento, que entendemos a participação mística como fazendo parte do processo primário do pensamento. Assim ocorre com todas as demais situações que transcendem o uso da razão. O caso mais evidente seria na religião e em todos os tipos de rituais.

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A participação mística é derivada do instinto de religiosidade pesquisada por Jung desde sua tese de doutoramento com o título "Sobre a psicologia e patologias dos fenômenos ditos ocultos", onde já se preocupava em compreender a simbologia por detrás de comportamentos religiosos.
Posteriormente comprovou tal instinto religioso através de seu trabalho científico junto às patologias psíquicas em seu trabalho como médico psiquiatra.


O instinto religioso, bem como todos os demais instintos, é uma categoria de força que pode ser utilizada tanto para se alienar como para se "desalienar" tal qual está ocorrendo com o povo brasileiro que ao se unir em uma causa comum conquista sua voz e se certifica de seu poder através da participação mística contra a corrupção.

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O manifesto nacional começou agora e já se deparou com algumas dificuldades a serem vencidas e que de fato, não será imediata, mas a médio e longo prazo. Afinal, uma política social não muda de uma hora para a outra. É um processo que se iniciou com o manifesto e que está muito longe de seu final.


Lembrando aqui as palavras de Peter Joseph no filme "Zeitgeist: Moving Forward" :


"Não se engane: o maior destruidor da ecologia; a maior fonte de desperdício, esgotamento e poluição; o maior incitador de violência, guerra, crime, pobreza, abuso animal e desumanidade; o maior gerador de neuroses sociais e individuais, de doenças mentais, depressão, ansiedade - para não falar da maior fonte de paralisia social, que nos impede de adotar novas metodologias para a saúde pessoal, a sustentabilidade e o progresso neste planeta - não é nenhum governo corrupto ou legislação, nenhuma corporação perversa ou cartel bancário, nenhuma "falha" da natureza humana e nenhuma sociedade secreta que controla o mundo. É, na verdade, o próprio sistema socioeconômico em sua fundação."

Com certeza há ainda muita luta a se fazer e a se enfrentar, mas o que já foi até aqui realizado, trouxe às pessoas a percepção de que, juntas, possuem força e poder para mudar sua realidade sócio-política-cultural. Esse fato psíquico/coletivo pode fazer toda a diferença!.


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