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Arrecadação cai 6% no Paraná e no País, deficit é recorde

Nelson Bortolin e Fábio Galiotto - Grupo Folha
30 set 2016 às 20:09
- Reprodução
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A arrecadação de impostos federais no Paraná caiu 6% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2015. A soma das receitas fazendárias e previdenciárias saiu de R$ 5 bilhões, corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para R$ 4,7 bilhões. No acumulado do ano, a redução é de 6,3%. De janeiro a agosto, a Receita Federal arrecadou R$ 41,3 bilhões, contra R$ 44,1 bilhões no mesmo período do ano passado.

Em todo o País, a queda em agosto foi de 10,1%, representando o pior resultado para este mês desde 2009. O rombo do governo central atingiu R$ 20,3 bilhões, a pior marca desde 1997.

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No acumulado do ano, o imposto que mais teve maior queda de arrecadação no Paraná foi o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): 25,7%. De janeiro a agosto de 2016, foram arrecadados R$ 1,7 bilhão de IPI. E, no mesmo período de 2015, haviam sido R$ 2,3 bi. O imposto sobre importação e exportação teve uma queda quase tão importante: 21,9%, de R$ 2,2 bilhões para R$ 1,7 bilhão.

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Já o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) teve queda de 20%, de R$ 1,1 bilhão para R$ 957 milhões. O imposto de renda (de pessoa física e de pessoa jurídica) foi um dos que tiveram menor queda: apenas 3,9%, de R$ 10,3 bilhões para R$ 9,9 bilhões.

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Estoques
Na contramão de todos os tributos, a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) teve 10,5% de aumento no acumulado do ano, de R$ 2,1 bilhões para R$ 2,4 bilhões. O assistente da superintendência da Receita Federal no Paraná, Vergílio Concetta, diz que a aparente contradição pode estar relacionada ao fim de créditos de grandes empresas. "Pode ocorrer que grandes empresas estavam se utilizando de estoques de créditos de CSLL e que esses estoques tenham acabado, de modo que voltaram a recolher", afirma.


O presidente executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike, afirma que não há relação direta entre recessão e diminuição de lucros. "As empresas diminuem suas produções, mas não necessariamente seus lucros. Elas enxugam gastos, demitem empregados, mas mantêm os lucros", explica.

Sobre a queda de 25% na arrecadação de IPI, o economista da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) Roberto Zurcher diz que a indústria ainda está em processo de "deterioração". "Não há de fato nenhuma recuperação", afirma. Segundo Zurcher, uma boa notícia é que a confiança dos empresários está melhorando.


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