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Com novas regras, venda de carro para deficientes dispara

Agência Estado
02 abr 2017 às 13:08
- Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Enquanto o mercado total de carros novos segue cambaleante, após ter encolhido quase à metade nos últimos quatro anos, a venda de veículos para pessoas com deficiência mais que triplicou. Saltou de 42 mil unidades em 2012 para 139 mil no ano passado e hoje respondem por 8,3% dos negócios no País.

Pessoas com deficiências ou patologias que dificultam ou impedem a mobilidade têm direito a adquirir veículos com isenção de IPI, ICMS, IPVA e IOF, o que resulta em abatimento de 20% a 30% no preço.

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A lei de isenção vigora há mais de 20 anos, mas, em 2013, foi estendida a familiares de deficientes que não podem dirigir. Também foram incluídas patologias que reduzem a mobilidade, como tendinite crônica.

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"Muitas pessoas têm direito à compra com isenção, mas não sabem", diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistida (Abridef), Rodrigo Rosso. Segundo o IBGE, o País tem 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência.

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Também têm direito ao benefício idosos com sequelas físicas ou motoras provocadas pela idade ou por doenças. Em todos os casos, é preciso laudo médico e avaliação do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).


No ano passado, as vendas para esse público cresceram 31,5% em relação a 2015. O mercado total de automóveis caiu 21% no mesmo período, para 1,676 milhão de unidades.

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Para disputar esse mercado, montadoras passaram a adequar modelos para atender à lei, que prevê isenção total só para veículos de até R$ 70 mil fabricados no Mercosul. Acima disso, perde-se o desconto do ICMS.


O utilitário Hyundai Creta com câmbio automático, lançado em dezembro, tem preços a partir de R$ 72.990. A marca, contudo, dispõe de versão exclusiva para portadores de necessidades por R$ 69.990. Com as isenções, sai por R$ 53,9 mil.

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Segundo Rosso, mais de 90% das vendas são de veículos apenas com câmbio automático, sem necessidade de adaptações. "Fiz uma cirurgia na coluna e passei a sentir dores fortes ao dirigir carros com câmbio manual", diz o contador Cícero da Silva Menezes, de 55 anos. No ano passado, obteve a isenção de impostos e comprou um Ford EcoSport automático.


Foram quase seis meses para resolver questões burocráticas, como tirar nova CNH e passar por vários órgãos. Segundo ele, o carro custava R$ 77 mil, mas, retirando alguns acessórios, como a roda de liga leve, caía para R$ 70 mil. Sem os impostos, saiu por R$ 50,1 mil. "Agora, não sinto mais dor ao dirigir."


Em 2016, a Ford vendeu 4.820 veículos para pessoas com deficiências, ou 2,6% de suas vendas totais. Para a Toyota, o segmento fica com 6% das suas vendas. No primeiro bimestre, os negócios da Fiat Chrysler no segmento cresceram 130% ante igual período de 2015.

Se o veículo precisa de adaptações, as montadoras indicam empresas certificadas para manter a garantia do produto. A Cavenaghi, no mercado há 48 anos, registrou alta de 23% no faturamento em 2016 e a diretora Mônica Cavenaghi espera nova alta de 12% a 13% neste ano. "Nos cinco anos anteriores, o crescimento médio foi de 10%." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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