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Duro de alugar

Disponibilidade de imóveis dificulta reajuste pelo IGP-M

Victor Lopes - Grupo Folha
05 jan 2017 às 15:41
- Gustavo Carneiro/Grupo Folha
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Toda vez que chega o aniversário do contrato de locação de um imóvel – seja ele residencial ou comercial – é também o momento dos inquilinos brigarem por menores reajustes no aluguel. Ninguém quer pagar mais caro, ainda mais nesta economia morosa, quase parando, que o País vive.

Em 2017, esta tônica continua a mesma e poucos proprietários devem conseguir o reajuste completo de 7,17% do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), que compreende o período de janeiro a dezembro do ano passado e oscila de acordo com o mês de contrato. Em Londrina, tal índice é utilizado em mais de 90% dos casos.

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Pelas contas do Sindicato da Habitação (Secovi), por exemplo, um aluguel de R$ 1.500, que vigorou até dezembro de 2016, saltaria para R$ 1.607,55 agora no início do ano. Algo que hoje, segundo Sindicato dos Corretores de Imóveis de Londrina e Região (Sincil), é um reajuste quase impossível de ocorrer na prática, principalmente em imóveis residenciais de maior valor ou comerciais cujo o IGP-M não está firmado em contrato.

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O presidente do Sincil, Marco Antônio Bacarin, explica que o momento econômico é difícil e o número de imóveis disponíveis no mercado está bem acima da média. "Em contratos abaixo de R$ 1 mil, como quitinetes e imóveis pequenos, até é possível aplicar algum aumento. O valor integral, só em casos de contratos públicos ou privados em que não há margem de negociação contratual", explica ele.

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Flexibilidade


De forma geral, como a oferta de imóveis é grande, os inquilinos mudam de moradia ou estabelecimento comercial caso o proprietário não seja flexível, mantenha o aluguel fixado ou faça um reajuste mais "camarada" para o cenário atual. "Quaisquer empecilhos nesta negociação fazem o inquilino mudar de imóvel, já que há muitos imóveis desocupados. Ele consegue alugar um valor menor ou de mesmo preço, evitando o reajuste. Este é o tom do mercado hoje."


Aliás, Bacarin relata que em 2016 ninguém conseguiu aplicar o índice cheio ao longo dos aniversários de contrato. "Há inquilinos mudando de imóvel por causa de R$ 100 de diferença. Um reajuste de 7,17% para um aluguel de R$ 1.000 (pouco mais de R$ 70) já pode ser mais do que o suficiente para a pessoa deixar o local. Na minha carteira de clientes, por exemplo, hoje não consigo aplicar esse índice. Tenho negociado para o inquilino não sair e permanecer pelo mesmo valor. Muita gente, inclusive, reivindica para baixar (o aluguel). Os proprietários dos imóveis que têm sido mais turrões perdem o inquilino. De modo geral, estão negociando."

Leia mais na edição desta quinta-feira (5) da Folha de Londrina


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