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Está mais fácil financiar trator do que insumos

Fábio Galiotto - Grupo Folha
24 set 2016 às 12:10
- Celso Pacheco
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O produtor rural Agostinho Otaguiri afirma que encontrou mais facilidade para financiar maquinário do que para comprar insumos para a Fazenda Jequitibá, na região de São Jerônimo da Serra, no Norte Pioneiro. "Precisava de um trator maior e estava há muito tempo tentando comprar um. Pela linha de crédito para máquinas foi mais fácil, pois tentei para comprar calcário e não saiu", conta ele, que planta soja no verão e trigo no inverno.

Otaguiri afirma que terá de pagar uma parcela por ano, em valor que está dentro das perspectivas de receita anual dele. Além do trator, adquirido no ano passado, o agricultor também tem um financiamento ativo há quatro anos para uma colheitadeira e não pretende fazer um novo enquanto não quitar um dos dois. "Tenho de fazer conforme as condições que tenho de pagar", afirma o produtor, há mais de 15 anos no ramo.

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Ele considera que os avanços tecnológicos devem ser levados em consideração no campo, porque conseguiu melhorar a produtividade e diminuir as perdas com as duas máquinas. Porém, diz que não é possível aderir a todas as modernidades disponíveis. "Esse negócio de tecnologia faz diferença, sim, mas é uma coisa que não tem fim. Quando se pode, tem de trocar porque não dá para ficar muito defasado, mas não dá para fazer isso em todas as vezes que aparece uma novidade", afirma Otaguiri.

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O produtor Américo Amano também não encontrou problemas para renovar o maquinário da Fazenda Takaki, na região de Cambé, no Norte do Paraná. "Burocracia sempre existe, mas, com um bom cadastro, não é difícil", diz.

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Ele comprou um trator financiado há quatro anos e uma plantadeira em 2014, atrás de agricultura de precisão e mais tecnologia para o sistema de adubação e de plantio. "Como temos poucas máquinas, procuramos ter uma plantadeira para não atrasar o plantio. Na colheita, se precisar, dá para programar um contrato com um terceiro", diz ele, que conta com a ajuda do filho Ricardo Kenji Amano, na condução da propriedade.


Mesmo com uma colheitadeira antiga e defasada, ele diz que não tem a intenção de trocá-la tão cedo. "É muito caro. Melhor investir em um barracão para guardar meu maquinário", diz. E, da mesma forma que Otaguiri, Amano reclama da dificuldade para financiar bens que não sejam máquinas agrícolas. "Estou pagando 5,5% ao ano na plantadeira e sairia 8,5% no barracão, então vou ficar quietinho", conclui.

Leia mais na edição deste fim de semana da Folha Rural


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