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Meirelles diz que indicadores econômicos mostram recuperação da economia

Agência Brasil
14 jul 2017 às 19:11
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Os indicadores econômicos não sofreram, até o momento, qualquer impacto por causa da crise política do país. A avaliação é do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo ele, os indicadores de junho mostram que a recuperação da economia continua.

"Não há, no momento, sinais de que tenha havido reversão na trajetória de crescimento. Temos diversos índices para o mês de junho, por exemplo, da economia, que estão mostrando crescimento. Consumo de energia mostrou crescimento, produção de automóveis mostrou crescimento. São itens relevantes porque são os chamados antecedentes da produção, como a produção de papel ondulado que é usado nas embalagens de produtos industriais. Isso também teve crescimento expressivo. Em resumo, o fato é que os índices de junho mostram a continuação dessa trajetória", disse.

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O ministro disse que a experiência dele, após muito tempo trabalhando com a economia, seja no cargo que ocupa agora, no longo período em que esteve antes como presidente do Banco Central ou, ainda, quando atuava no setor privado trabalhando com diversos países, o levam a ter certeza de que o que interessa são os resultados mostrados pelos números. "Opinião ainda é valida, é bom, mas no final o que prevalece são os números".

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Destacou que a mensagem levada aos agentes econômicos, incluindo os de fora do país, é que as instituições brasileiras estão funcionando normalmente. Na visão dele, a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer, representa que tudo está dentro da normalidade.

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De acordo com ele, o mais relevante é que a economia brasileira já está em rota de crescimento. "O resultado da votação de ontem (13) foi significativo e vamos aguardar, agora, a decisão da Câmara dos Deputados, que deve se dar em um pouco mais de duas semanas e prosseguindo. Do ponto de vista da equipe econômica, estamos concentrados na reforma econômica, estamos trabalhando dia e noite justamente para assegurar que o país volte a crescer", disse.


O ministro assegurou que o governo tem seguido as previsões inciais de ajuste fiscal e que o controle das despesas públicas "é rígido, rigoroso e inalterado". Disse que o teto de gastos, fixado pela Constituição, tem sido seguido rigorosamente e que a liberação de emendas que tem sido feita pelo governo obedece ao limite orçamentário de cada ministério.

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"Não se está revisando o orçamento de diversos ministérios visando acomodar novas emendas ou já existentes. Não. Qualquer liberação de emenda é dentro dos orçamentos de cada ministério. Portanto, este é um processo em andamento".


Para o ministro, seguindo esta determinação, não há possibilidade de que no final do ano o governo federal ultrapasse o limite de gastos. "Não há dúvida de que o teto de evolução dos gastos públicos, estabelecido pela Constituição, será cumprido este ano. Quanto a isso, não há nenhuma possibilidade de que não aconteça".

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Alerta


Meirelles classificou de correto e bem-vindo, o alerta do Tribunal de Contas da União (TCU) de que o governo não respeitará a meta fiscal este ano. Reconheceu que houve queda de arrecadação no início do ano, resultado, segundo ele, da profunda recessão a que o país viveu nos últimos dois anos, mas acrescentou que as expectativas são de início de recuperação da arrecadação diante do retorno de crescimento da economia.

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O ministro anunciou que na segunda-feira (17) serão divulgados os novos resultados da economia. "Em função de tudo isso, não há dúvida de que o segmento e o sucesso em cumprirmos a meta de resultado primário do governo federal é um esforço duro e difícil e concordamos com o alerta do TCU. Inclusive nos ajuda a chamar atenção de toda a administração de que temos que levar a sério. Não é apenas um projeto do Ministério da Fazenda e do Ministério do Planejamento, não, o próprio TCU reforça este ponto e é muito positivo", destacou.


Na visão do ministro é normal que os indicadores ainda registrem oscilações. "Uma economia que cai durante muito tempo, agora começa a crescer, e o processo nunca é uniforme mês a mês em todos os setores da economia. Então, é normal que haja esse processo de oscilação, mas o fato é que nós crescemos de uma maneira muito forte no primeiro trimestre. Há uma acomodação no segundo, onde deve haver um equilíbrio e voltamos a crescer no terceiro e quarto trimestres. Esperamos chegar ao final do ano com uma taxa de crescimento comparável ao início do ano, pouco acima de 2%, que é o que já vínhamos prevendo", disse.

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Segundo o ministro, a economia brasileira tem mantido o seu curso e isso é que vai decidir o ritmo de investimento e de criação de empregos nos próximos meses. "A economia cada vez mais retoma o seu curso e isso dá já uma segurança maior aos agentes econômicos para investir e ao consumidor para tomar crédito", disse, lembrando, que o país registrou nos dois últimos meses criação líquida de empregos que tinham sido perdidos. "Dois meses em sequência, o que marcou um longo ciclo de perda de emprego e, portanto, aumento de desemprego".


Meirelles acrescentou que existem algumas medidas em andamento para serem anunciadas e entre elas está a redução no tempo do processo brasileiro de importação e exportação. "A ideia é reduzir em 40% o tempo gasto para fazer a importação e a exportação".


Disse que a reforma tributária está em processo de discussão no governo e no Congresso, mas destacou que é preciso definir prioridades. Para o ministro, depois da sanção da reforma trabalhista é preciso concentrar esforços para a aprovação da reforma da Previdência, para depois fazer a reforma tributária. "Precisamos estabelecer prioridades. Isso no serviço público é fundamental. Aprovou-se a reforma trabalhista e uma série de outras medidas. Agora começamos a discutir a Previdência e em seguida da Tributária", concluiu.

O ministro fez palestra sobre Perspectivas Econômicas e Políticas Públicas: Os Desafios para o Brasil, organizada pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) e pela Escola Brasileira de Economia e Finanças (EPGE), da Fundação Getulio Vargas.


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