Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Controle acionário

'Não é hora do governo do Estado vender estatais'

Nelson Bortolin - Grupo Folha
26 set 2016 às 14:33
- Antonio Costa/AEN
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Com dificuldade de caixa, o governo do Estado conseguiu aval da Assembleia Legislativa para vender ações da Copel e da Sanepar até o limite da perda do controle acionário das companhias, ou seja, precisa manter 50% mais uma das ações ordinárias. No caso da companhia de saneamento, lei estadual exige que o Paraná mantenha 60% dessas ações, que dão direito a voto.

O projeto com a autorização foi aprovado na última terça-feira (20) e seguiu para a sanção do governador Beto Richa (PSDB) com uma emenda, segundo a qual, as ações terão de ser vendidas pelo valor patrimonial. Mas, especialistas ouvidos pela reportagem não acreditam nesta possibilidade.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Só para se ter uma ideia, o valor patrimonial por ação (VPA) da Copel estava a R$ 57,31 dia 30 de junho, de acordo com balanço do segundo trimestre divulgado pela companhia. Naquele dia, a CPLE3, ação ordinária da empresa, fechou a R$ 20,04 na BM&FBovespa, ou seja, 65% abaixo do valor do balanço. Na última sexta-feira (23), encerrou a R$ 22,03.

Leia mais:

Imagem de destaque
Crise

Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV

Imagem de destaque
97,5 milhões de ocupados

Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE

Imagem de destaque
Atenção à data

Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda

Imagem de destaque
Resultado animador

Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC


O governo do Paraná detém 85,029 milhões, ou 58,6%, das 145,031 milhões de ações ordinárias da Copel. E pode vender cerca de 11,6 milhões sem perder o controle acionário. Em 30 de junho, esse pedaço da companhia valia R$ 664,7 milhões, segundo o balanço, mas apenas R$ 345,6 milhões, na Bolsa.

Publicidade


"Você tem um apartamento avaliado em R$ 400 mil pelo mercado. Chega alguém e paga R$ 800 mil. Ou a pessoa é louca ou sabe de algo que o mercado não sabe", afirma Marcos Piellusch, professor e coordenador de cursos da Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo.


A pedido da reportagem, ele fez um histórico da relação entre o valor patrimonial e o valor de mercado da ação CPLE6 (preferencial da Copel). O natural é que, no mercado de capitais, o preço seja maior que o do balanço. Em 2000, havia pouca diferença entre os dois valores da empresa paranaense. No período de 2005 a 2007, o mercado pagava mais que o valor patrimonial. Assim também foi em 2010. Mas, nos últimos anos, a tendência se inverteu. Em 30 de junho deste ano, a ação preferencial valia metade do valor de balanço.


A reportagem questionou o governo do Estado a respeito do descolamento entre os valores e se o projeto de lei que autoriza a venda de ações já foi sancionado pelo governador. A Secretaria da Comunicação Social diz que a matéria está sob análise de uma equipe técnica. "Somente após a sanção, o governo do Estado do Paraná irá se pronunciar a respeito dos assuntos tratados nos projetos de lei", diz a nota.

Leia reportagem completa na edição desta segunda-feira da Folha de Londrina


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade