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Carne fraca

No primeiro dia útil da semana, ações de frigoríficos voltam a cair na Bolsa

Agência Estado
21 mar 2017 às 11:45
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A Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, começou a atingir na segunda-feira, 20, empresas que nem estão na lista de investigadas. Por conta de notícias sobre restrições de exportações de carne brasileira feitas por alguns países, as ações dos frigoríficos Minerva e Marfrig tiveram forte queda na segunda, de 7,43% e 4,29%, respectivamente.

Os papéis da BRF, citada na investigação, caíram 2,16%. Já as ações do JBS, outro frigorífico que teve o nome envolvido na operação, subiram 0,75%. A BRF e a JBS afirmaram que estão colaborando com as investigações.

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Uma fonte ligada ao grupo JBS ouvida pelo jornal O Estado de S. Paulo afirmou que ainda está tentando entender exatamente as acusações feitas à companhia. "Ainda não sabemos quais os desdobramentos (das investigações). Sabemos que países já estão impondo embargos, mas não temos como saber ainda o real impacto sobre o nosso negócio", disse.

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A JBS, assim como a BRF, está se preparando para ir ao mercado acionário para levantar recursos para suas companhias. No caso da JBS, para a JBS Foods. Já a BRF criou no início deste ano a OneFoods para atuar no mercado muçulmano. Para analistas, a operação da PF, dependendo dos desdobramentos, pode atrapalhar esse movimento das empresas.

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A BRF montou um comitê para gerenciar os desdobramentos das investigações, segundo apurou a reportagem. No fim de semana, os principais executivos tanto da JBS e da BRF ficaram em alerta para estudar os reflexos das investigações nas empresas.


No caso da BRF, um impacto imediato foi a interdição da unidade de Mineiros (GO), anunciada pelo Ministério da Agricultura na sexta-feira. Em nota, a BRF esclareceu que a fábrica de Mineiros responde por menos de 5% da produção total do grupo. A planta, de acordo com a companhia, está habilitada para exportar para os mercados mais exigentes.

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Estados Unidos


Na avaliação do diretor de assuntos corporativos da JBS nos Estados Unidos, Cameron Bruett, a reação nos mercados internacionais à investigação da Polícia Federal no Brasil foi "muito modesta". Bruett disse que não vê risco de retrocesso na abertura do mercado americano para carne in natura brasileira, aprovada no ano passado.

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"O Brasil tem algo entre 4,7 mil e 5 mil plantas inspecionadas pelo governo federal, e estamos olhando para uma operação de dois anos que resultou na investigação de 21 plantas e só seis dessas plantas exportaram nos últimos 60 dias", declarou em Washington, durante evento promovido pelo Brazil-U.S. Business Council.


Bruett disse não estar preocupado com o potencial impacto da operação sobre a JBS. "Nenhuma das nossas unidades foi fechada, não fomos acusados de nada, como carne contaminada ou produto vencido, ou de nenhum tipo de acusação que vocês viram reportadas."


O Departamento da Agricultura dos EUA, porém, começou a realizar testes patogênicos em todos os carregamentos de carne in natura e processada enviados pelo Brasil ao país, com o objetivo de detectar eventual contaminação do produto. Até agora, não foi adotada nenhuma medida de suspensão dos embarques.

O adido agrícola do Brasil nos Estados Unidos, Luiz Caruso, disse que nenhum dos 21 frigoríficos citados na Operação Carne Fraca tem histórico de exportação para o mercado americano.


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