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Em 2016

População inativa alcança recorde de 64,642 milhões no 3º trimestre, diz IBGE

Agência Estado
27 out 2016 às 14:20
- Marcos Santos/ USP Imagens
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A população inativa no País alcançou a marca recorde de 64,642 milhões de pessoas no terceiro trimestre de 2016, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O montante representa um aumento de 1,9% em relação ao terceiro trimestre de 2015, 1,205 milhões de inativos a mais.

Na comparação com o segundo trimestre do ano, a alta foi de 1,2%, quando mais 756 mil pessoas optaram por deixar a força de trabalho. A população inativa vinha crescendo quando o mercado de trabalho mostrava vigor. Com o início da crise, jovens, mulheres e idosos (população majoritárias dentro desse contingente de inativos) voltaram a buscar trabalho para complementar a renda da família.

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Num momento em que a taxa de desemprego se mantém no maior patamar já detectado pela pesquisa, aos 11,8%, a alta da inatividade indica sinais de desalento, quando pessoas deixam de procurar emprego porque acreditam que não conseguirão uma vaga.

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"A pessoa acha que não vai conseguir trabalho, dado esse mercado saturado, e ela acaba se afastando da força", reconheceu Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e Rendimento do IBGE.

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Segundo Azeredo, a alta da inatividade pode estar aumentando a força de trabalho potencial, aquela que poderia estar trabalhando, mas não o faz em quantidade desejada por diferentes razões.


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A alta de 0,9% no rendimento médio dos trabalhadores ocupados no País no terceiro trimestre ante o segundo trimestre de 2016 pode não significar um aumento no poder aquisitivo. A redução no contingente de trabalhadores com menores salários pode ter elevado a média salarial de quem permanece empregado, explicou Cimar Azeredo.


"Essa alta pode ser em função da saída desses trabalhadores de baixa renda. Isso, que parece ser um resultado favorável, tem que ter cautela", alertou Azeredo. Em relação ao terceiro trimestre de 2015, a renda ainda está 2,1% menor, segundo os dados da Pnad Contínua.

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O coordenador do IBGE lembrou que o País perdeu 1,069 milhão de trabalhadores por conta própria na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre de 2016. Essa posição na ocupação tende a concentrar trabalhadores que atuam na informalidade, em condições mais precárias, com rendimentos menores. A renda média do trabalhador por conta própria é de R$ 1.504, cerca de 25% inferior à média geral, de R$ 2.015,00.


"Esse trabalhador de renda mais baixa tem mais dificuldade de se fortalecer num negócio que acaba de montar", acrescentou Azeredo. Como consequência dessa perda de fôlego no trabalho por conta própria, o total de pessoas ocupadas no País caiu 1,1% na passagem do segundo para o terceiro trimestre do ano, contrariando uma tendência sazonal de geração de vagas. Ao todo, foram eliminados 963 mil postos de trabalho.

"A ocupação estava sendo segurada por essa criação de postos de trabalho por conta própria, na informalidade", justificou Azeredo.


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