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Bebidas especiais

Produtores do Norte do Estado se destacam no Prêmio Café Qualidade Paraná

Redação Bonde com AEN
20 out 2016 às 18:31
- Divulgação Iapar
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O Prêmio Café Qualidade Paraná foi entregue nesta quinta (20) a cafeicultores que se diferenciam na condução de suas lavouras, colhendo grãos que se transformam numa excelente bebida, os chamados cafés especiais. Foram premiados 20 produtores, em quatro categorias. A cerimônia foi realizada na sede do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), em Londrina, e reuniu cerca de 350 participantes.

O objetivo do concurso é valorizar a bebida paranaense, uma estratégia para abrir aos cafeicultores do Estado a possibilidade de conquistar novos mercados, ampliar negócios e aumentar a rentabilidade da atividade. Nesta edição, os primeiros colocados são todos da região Norte do Estado: Evilásio Shigueaki Mori, de municípios de Cambira; Flávia Jacob Saldanha Rodrigues, de Jacarezinho; Ceres Trindade de Oliveira Santos, de Joaquim Távora, e Laura Inocência de Freitas, de Tomazina, chegaram ao prêmio após superar mais de 240 concorrentes.

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"O Paraná já é reconhecido como um produtor de cafés de alta qualidade, embora tenha havido redução de áreas nos últimos anos e a produção seja pequena, comparada com outros estados", diz o economista Paulo Sérgio Franzini, da Câmara Setorial do Café, coordenador do concurso. "Os cafeicultores hoje buscam a qualidade para sobreviver na atividade em pequenas áreas pois a maioria dos participantes são da agricultura familiar", destacou.

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CAFÉS ESPECIAIS

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Os cafés especiais abrangem conceitos que vão desde a característica física dos grãos, origem e variedades, até preocupações de ordem ambiental e social. "Atributos físicos e sensoriais são avaliados pelos jurados, como sabor e aroma", explica Franzini. "Uma planta bem nutrida, terá menos problemas de doenças e resultará no fruto mais bonito e vigoroso", diz ele, lembrando que o café é um fruto e, assim como outras frutas, pode apresentar aromas e e sabores diferentes.


Segundo Franzini, para chegar aos bons resultados é importante que o produtor faça uma colheita seletiva com o maior percentual possível de grãos maduros. A secagem deve ser em terreiro protegido, suspenso ou direto no secador. E é fundamental ainda a separação dos lotes por bebida. "Tudo isso só depende da atitude do produtor em cada etapa, porque ninguém vai estar lá na propriedade para fiscalizá-lo."

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PRÊMIO


O concurso Café Qualidade Paraná é realizado nas categorias café natural e cereja descascado. Os cafeicultores devem inscrever um lote de seis a oito sacas. Pequenos agricultores familiares competem com microlotes, de apenas duas sacas.

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Nesta última etapa estavam na disputa 26 lotes de café natural e 17 de cereja descascado. Foram premiadas quatro categorias. Primeira com o café natural - que é aquele que tem um processo de pós-colheita com secagem de forma natural, também chamada via seca; depois o cereja descascado, chamado via úmida, que tem a intervenção do produtor na retirada da casca do café. A terceira categoria é o café microlote, que se divide em natural e cereja descascado, mas que vem da agricultura familiar e concorre com duas sacas.


O lote vencedor de cada categoria vai representar o Paraná no concurso nacional, promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). A produção dos cinco melhores cafeicultores no concurso tem a venda garantida como forma de incentivo.

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Os quatro campeões têm garantida a venda de seus lotes pelo valor de R$ 1.200 a saca, o dobro da cotação registrada ontem (19.10) na Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F), em aquisição feita com o apoio dos patrocinadores do concurso. A garantia se estende aos produtores classificados até a quinta colocação, respectivamente no valor de R$ 1.080, R$ 960, R$ 840 e R$ 780 cada saca.


MULHERES SE DESTACAM

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Três das quatro categorias do concurso deste ano foram vencidas por mulheres, que mais uma vez marcaram forte presença entre os mais bem posicionados no Café Qualidade Paraná.


O destaque foi a cafeicultora Ceres Trindade de Oliveira Santos, de Joaquim Távora, que venceu pelo segundo ano consecutivo na categoria microlote. "O segredo é dedicação, muito cuidado que vai do manejo da lavoura até o processo de colheita e secagem", ensina.

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O Concurso Café Qualidade Paraná é uma promoção da Câmara Setorial do Café, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), Iapar e Emater-PR, com apoio da Associação dos Engenheiros-Agrônomos de Londrina, do Consórcio Pesquisa Café e de cooperativas, indústrias torrefadoras e empresas ligadas ao setor no Estado.


Esta é a décima quarta edição do concurso, e segundo Franzini, houve uma evolução muito grande na mudança de comportamento dos produtores aos longo destes anos. " A disputa acaba tendo um papel educativo e de estímulo para o produtor se capacitar com novos conhecimentos sobre a cultura. "As mudanças de atitude começam na escolha de variedades, plantio e tratos culturais, passando pela colheita, pós-colheita, secagem e beneficiamento.


Confira a classificação completa do concurso


Café natural
1º Evilásio Shigueaki Mori - Cambira
2º Mauro Kiniti Sato - Apucarana
3º José Carlos Rosseto - Mandaguari
4º José Eduardo Correa Ferraz - Ribeirão Claro
5º Gilberto Delatorre - Grandes Rios


Cereja descascado
1º Flávia Jacob Saldanha Rodrigues - Jacarezinho
2º Orlando von der Osten - Cornélio Procópio
3º Antonio Olimpio Liranço - Cornélio Procópio
4º Fábio Doria Scatolin - Ribeirão Claro
5º Marcos Gonçalves Rosseto - Mandaguari


Natural (microlote)
1º Ceres Trindade de Oliveira Santos - Joaquim Távora
2º Reginaldo Ferrer Lopes - Londrina
3º Patrick Rodrigues de Souza - Jandaia do Sul
4º Jaime André - Cambira
5º André Nunes dos Santos - Rolândia

Cereja descascado (microlote)
1º Laura Inocência de Freitas - Tomazina
2º Pâmela Ribeiro dos Santos Mateus - Congonhinhas
3º Marcio de Godói - Tomazina
4º Laurinda de Oliveira Bufalari - Santo Antônio da Platina
5º Maria de Fátima da Silva - Carlópolis


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