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Point do 'faça você mesmo' na marcenaria

Gisele Mendonça - Folha de Londrina
31 dez 1969 às 21:33
O dentista Joel Bueno tem a marcenaria como hobby e já produziu parte da mobília de sua casa: ‘‘Atividade alivia o estresse, é prazerosa e relaxante’’ - Dorico da Silva
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Muito difundida nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, a cultura do ''faça você mesmo'' ganha adeptos no Brasil. E a marcenaria é um desses setores. Ao invés de comprar pronto ou contratar mão-de-obra, por que não criar os próprios móveis? Pensando assim, muitos descobrem um hobby e ao mesmo tempo economizam, além de contribuírem para o aumento do número de lojas que vendem esses materiais e se adequam para atender o marceneiro amador.

''Um amigo me falou de um lugar onde era possível encontrar placas de MDF revestidas e que lá eles cortavam essas placas na medida para você. Me interessei, passei a ler sobre o sobre o assunto, pesquisar em sites e fui atrás'', conta o dentista e bioquímico Joel Godoi Bueno, que sempre admirou a marcenaria e hoje tem a atividade como um dos seus principais hobbies.

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A primeira peça que criou foi uma mesinha de telefone. Depois vieram um rack, um armário, a mobília do seu consultório e todos os móveis dos quartos da filha e do filho. Bueno faz o projeto e elabora o plano de corte das placas de MDF dos móveis que vai construir. Uma loja especializada confere as medidas do plano no computador e executa os cortes.

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''Com o material cortado, chego em casa e monto como se fosse um quebra-cabeça. Colo as fitas de borda, instalo dobradiças, corrediças, faço o acabamento. É um trabalho para fazer com atenção, devagar'', descreve.

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Para trabalhar, Bueno usa uma furadeira, um perfilador, uma parafusadeira e uma serra tico-tico, além de outros itens básicos que tem em sua caixa de ferramentas. As ideias para criar os móveis são tiradas de revistas de decoração e das próprias lojas. ''Já cheguei a fotografar móveis para fazer igual'', conta.


No caso do quarto da filha, o dentista contou com a ajuda de uma decoradora apenas para desenhar a proposta. Além do prazer de criar, ele destaca a economia realizada. Bueno gastou R$ 1.250 para fazer a mobília, que custaria R$ 6.450 se fosse feita em loja. No quarto do filho, deixou de gastar R$ 5.800 para investir apenas R$ 1.430 nos materiais.

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O marceneiro amador explica que só faz móveis com ''linhas quadradas'' porque é mais ''fácil e rápido''. O próximo projeto será produzir a mobília de um imóvel que está comprando na praia. Mas ele diz que não pensa em transformar o hobby em profissão. ''Já tem parentes e amigos pedindo para eu fazer para eles. Alguns brincam: 'e aí, como está o prazo de entrega?'. Mas é só hobby mesmo'', assegura.


O dentista diz que tem afinidade com a marcenaria porque o trabalho exige habilidade manual assim como a sua especialidade, a ortodontia. ''Ficava observando o trabalho dos marceneiros e admirava as coisas bonitas que eles faziam. Então pensei 'deixa eu brincar um pouco de fazer móvel''', diz. Para ele, a atividade ''alivia o estresse, é prazerosa e relaxante''.

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Kit e manual de sobrevivência


Além das ferramentas básicas, os equipamentos necessários para serviços de montagem e reparo em madeira são: furadeira, serra tico-tico, parafusadeira, lixadeira manual e serra circular. Escolhendo itens de boa qualidade, o consumidor vai gastar, em média, de R$ 200 a R$ 250 em cada produto.

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Para os iniciantes, também é indicado adquirir um bom kit de ferramentas manuais e acessórios de marcenaria, composto basicamente por martelo, prego, parafusos, cola de madeira e trena de medição.


Conhecer as ferramentas e suas características básicas é importante para quem deseja se iniciar na prática do ‘faça você mesmo’.

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Ao usar equipamentos elétricos é importante tomar alguns cuidados para garantir a segurança, como observar a voltagem correta (110 ou 220V) antes de ligar. É recomendável o uso de óculos de proteção, evitando que pedaços de madeira possam atingir os olhos durante operações de corte e lixamento. Além disso, toda troca de acessórios deve ser feita com a ferramenta desconectada da rede de energia elétrica.


Loja atende ‘novo consumidor’

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Atentas a esse novo tipo de consumidor, adepto do ‘faça você mesmo’, algumas lojas estão se adequando para atendê-lo. ‘Aos sábados, você só vê consumidor de bermuda e chinelo por aqui. É gente que aproveita o final de semana para consertar ou construir os própros móveis’, afirma Fabiano Moya, gerente da loja Complond, em Londrina, que vende materiais, ferramentas e acessórios para marcenaria.


Segundo o gerente, 95% da clientela é formada por marceneiros profissionais, mas o número de amadores vem crescendo. Para atender principalmente esse público, a empresa dispõe de máquinas que cortam as chapas e que colam as fitas de borda (acabamento).


‘O pessoal amador procura bastante a gente para fazer esses serviços. O marceneiro profissional já possui os equipamentos’, diz o gerente. Ele informa que a arquiteta da empresa pode fazer o projeto do móvel para o cliente ou ajudá-lo com ideias.


Feito o projeto, é criado no computador o plano de corte. ‘Já sai tudo definido: o que vai ser usado, quantas chapas e quais os cortes, até quantos parafusos, dobradiças e corrediças serão necessários’, explica. Conforme Moya, o material mais utilizado hoje para móveis é o MDF revestido, que já vem pronto. ‘O madeirado, revestido com papel que imita madeira, é a coqueluche do momento. É bem prático e ecologicamente correto, pois no seu interior é utilizada somente madeira de reflorestamento’, observa.


Seguindo essa tendência, está a fórmica feita com garrafa PET, que vem em diversas cores e custa R$ 12 o metro, bem menos do que a fórmica tradicional (média de R$ 60 o metro). ‘Antes achávamos que o segmento da marcenaria ia acabar por causa da escassez dos recursos naturais. Mas a tecnologia foi desenvolvendo coisas cada vez mais bonitas e duráveis, sem agredir o meio ambiente’, observa o gerente.

No setor de acessórios também há muitas novidades. Entre elas, corrediças de gavetas e dobradiças de portas com amortecedores.


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